A FIGURA: Bernardeschi, perigo à solta

O avançado italiano mostrou sempre disponibilidade total para desequilibrar no lado esquerdo do terreno, sendo figura presente em quase todos os ataques conduzidos pelo conjunto Viola durante a partida. Os lances mais perigosos da Firenze partiram quase sempre daquele lado e isso não foi coincidência. Paulo Sousa sabia que era necessário um jogador mais rápido no frente a frente com Geraldes. O lateral do Belenenses deu boa resposta mas não chegou para tudo. Boa partida de Bernardeschi no Restelo.

O MOMENTO: o segundo golo da Fiorentina

Babacar marca já perto do intervalo e o golo teve um duplo efeito, sentenciou a partida e ao mesmo tempo teve o condão de animar o encontro no reinício da segunda parte.

OUTROS DESTAQUES

Vecino e Mario Suárez. A dupla de médios mais recuados foi a força motriz desta Fiorentina no Restelo. Dois jogadores com características muito semelhantes, mais fortes no processo ofensivo que no defensivo. Vecino com mais liberdade no miolo e encarregue de servir os avançados. Suárez ocupando lugares mais recuados, transportou a bola como quis e, com ordens para rematar sempre que possível, chegou mesmo a assustar Ventura com a sua poderosa meia distância.

Matias Fernández. Muito simples, bola nos centrais, depois Vecino ou Suárez, e por fim Matias Fernández. Salvo certas exceções, a bola correu sempre à procura dos pés do médio chileno. O antigo jogador do Sporting mostrou o porquê de ser o criativo da Fiorentina, com pormenores técnicos acima da média e uma qualidade de passe tremenda. Na estratégia montada por Paulo Sousa foi ele o municiador de jogo.

Rebic. No segundo tempo, e após a saída de Bernardeschi, o avançado passou a ser o alvo prioritário dos passes, procurando explorar a sua velocidade e força física na ala direita. Foi dos pés do croata que surgiram a maioria dos lances de perigo do conjunto viola na segunda metade.

Kuca. Até ser substituído, a meio do segundo tempo, o avançado cabo-verdiano foi um dos melhores elementos do Belenenses em campo. Na segunda parte foi dos pés dele que saíram a maioria dos lances de perigo e o único remate à baliza dos azuis em toda a partida. Não fosse a enorme intervenção de Sepe e Kuca teria inscrito o seu nome na lista dos marcadores do encontro.

Carlos Martins. Jogo muito esforçado do português no meio campo do Belenenses. Foi o municiador dos lances de perigo dos azuis durante toda a partida. Não teve vida fácil num meio campo muito habitado por jogadores italianos, mas mostrou sempre muita disponibilidade para lançar os colegas no ataque.