A FIGURA: Montero. Sem o 'holandês voador', o leão foi lá por ‘el avioncito’

Aproveitou a ausência de Bas Dost para ser decisivo. O colombiano não bisava ao serviço dos leões desde maio de 2015 e nesta quinta-feira voltou a apresentar os níveis de acerto de outros tempos. Fez o 1-0 em cima do descanso ao matar de peito antes de rematar para o fundo das redes checas e voltou a marcar no arranque da segunda parte. Aproveitou a oportunidade, mas só o futuro a curto prazo dirá se Jorge Jesus está convencido de que é o parceiro ideal para casar com Bas Dost lá na frente.

O MOMENTO: Montero quebra resistência checa, minuto 45

O leão não estava a fazer uma exibição convincente, mas já tinha produzido em número satisfatório para justificar uma vantagem pela margem mínima. No último lance da primeira parte, Montero aproveitou uma falha do central Hubnik para inaugurar o marcar e levar o Sporting para o descanso na frente do marcador. Os golos são bem-vindos em qualquer altura, mas quando surgem em determinadas alturas têm diferentes cargas psicológicas.

OUTROS DESTAQUES

Bryan Ruiz: depois da boa exibição no Estádio do Dragão contra o FC Porto, voltou a exibir-se em bom nível nesta quinta-feira. Com mais tempo jogo nas pernas, está também mais solto, confiante e objetivo. Uma percentagem do primeiro golo do Sporting é dele, ao libertar de forma inteligente para a entrada de Coentrão na área checa. Teve duas excelentes ocasiões para marcar (uma em cada parte), mas já não é defeito: é feitio. Merecidos aplausos na substituição aos 79 minutos.

Bruno Fernandes: todos os jogadores têm dias maus, mas o 8 dos leões raramente os tem. Assistiu Montero para o 2-0 e ameaçou o golo num par de ocasiões. Ao minuto 69 protagonizou um lance delicioso, ao ganhar sobre um defesa ainda a meio do meio campo do Plzen: valeu aos checos a atenção do guarda-redes Hruska.

Acuña: o elemento mais regular dos leões na primeira meia hora de jogo. Por centímetros não levantou o estádio quando atirou à barra aos 22 minutos. Tirou alguns cruzamentos bem medidos que não foram aproveitados pelos companheiros. Bas Dost não cometeria uma heresia destas. Curiosamente (ou nem tanto), os melhores períodos do Sporting aconteceram quando a influência do argentino decresceu: quando a equipa de Jorge Jesus deixou de jogar como se tivesse o holandês em campo. Ainda assim é ele quem recupera a bola na jogada que origina o 2-0. Foi o primeiro a sair.

Horava: foi o pensador do jogo do Viktoria Plzen. Sempre que os checos conseguia levar o processo de construção até à área dos leões, a bola passava invariavelmente pelos pés do número 7. O excelente sentido posicional permitiu-lhe ainda cortar algumas saídas do Sporting.