Missão cumprida. O Sp. Braga terminou o grupo F da Liga Europa no primeiro lugar, depois de uma igualdade sem golos no campo do Groningen, no jogo da despedida da fase de grupos. A equipa de Paulo Fonseca termina esta fase da competição só com uma derrota e não venceu na Holanda por manifesta falta de sorte na segunda metade.

E sublinhe-se a referência ao segundo tempo. Porque só aí os bracarenses foram, de facto, superiores. No primeiro, o Groningen foi melhor, até. Teve mais oportunidades, foi mais intenso na forma como procurou a bola e mais decidido na forma como a jogou. Sobretudo pelas subidas constantes do lateral Hateboer pela direita, os holandeses colocaram em sentido, desde cedo, a linha de Paulo Fonseca.

O técnico apostou na equipa que tinha revelado na antevisão. Faltava Alan, claro, mas não foi, de todo, uma surpresa. O Sp. Braga começou pior, equilibrou a meio do primeiro tempo, mas, em cima do intervalo, já era de novo o Groningen quem mandava. Feitas as contas nem se podia queixar do nulo quando o árbitro apitou para o descanso.

Antes disso, a ocasião mais flagrante foi desperdiçada pelo avançado Hoesen, que aproveitou o espaço nas costas da defesa bracarense, entrou na área, mas não ultrapassou Matheus. Antes, já Hateboer tinha atirado por cima a um metro da linha de golo.

Do lado do Sp. Braga, o melhor lance do primeiro tempo foi um remate de Alan que Padt defendeu, após arrancada de Vukcevic pelo centro. Pouco, claro.

Mas se ao intervalo o resultado era amigo do Sp. Braga, na segunda metade, a equipa portuguesa foi bem mais competente. Controlou o jogo do Groningen, uma sombra do futebol atrevido do primeiro tempo, dispôs de mais situações de golo e deu sempre a ideia de ter um plano bem definido.

De Liberec chegavam notícias da vitória tranquila do Marselha, que deixava o Sp. Braga sem margem de erro. Uma derrota atirava com a equipa para o segundo lugar.

Contudo as melhores ocasiões do segundo tempo foram mesmo dos homens de Paulo Fonseca, sobretudo um lance em que Wilson Eduardo, isolado, não conseguiu enganar Padt e outro em que Crislán, entrado para o lugar do apagado Hassan, cabeceou fortíssimo, obrigando o guardião rival a defender para a trave. A primeira vez que o ferro evitou a vitória.

A segunda, ainda mais escandalosa, foi já em cima do apito final, quando Boly atirou, caprichosamente, ao travessão tendo a baliza escancarada.

Do mal, o menos, o golo não fez falta porque o rival também já estava acomodado no bolso dos minhotos, que terminam esta fase com recorde de pontos e ambições renovadas. Vem aí o «mata-mata» e há sempre espaço para sonhar.