* Enviada-especial a Gotemburgo

Foi chegar, ver, e vencer. Sem os nervos de estreante, o Rio Ave impôs-se ao IFK Gotemburgo no primeiro jogo europeu de sempre da equipa vila condense. Um resultado que, mais do que a vitória, traz uma dupla vantagem para a segunda mão: ter marcado golos fora e não ter sofrido.

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Com um palmarés de peso, que inclui duas vitórias na Taça UEFA nos anos 80, e 18 vitórias do campeonato sueco, o adversário dos vilacondenses nesta terceira eliminatória da Liga Europa é de peso, mas, longe de se amedrontar, o Rio Ave entrou no encontro a pressionar alto e rapidamente se superiorizou ao adversário. A experiência internacional dos jogadores da equipa escandinava, perante a falta dela no caso da formação portuguesa, não se notava no relvado e, logo ao minuto 2, já Filipe Augusto testava os reflexos do guarda-redes Alvbage.

Aos 4 minutos, um mau momento da defesa do Rio Ave deixou Vibe na cara de Cássio, que defendeu com os pés. Este foi um dos poucos lances de perigo do Gotemburgo na primeira parte.

O Rio Ave continuava a pressionar muito perto da área do adversário e o golo parecia ser uma questão de tempo. E assim foi. Aos 22 minutos, após um livre batido por Filipe Augusto, Ukra passou para Lionn, que Hassan na área, colocou-lhe a bola e o avançado egípcio rematou para o primeiro golo do encontro, e o primeiro da história do Rio Ave nas competições europeias.

Um resultado que agradava e muito aos rioavistas, mas que parecia querer fugir quando um erro de Cássio quase borrou a pintura. Vibe, na direita, aproximava-se da área, o que levou Cássio a sair de forma irrefletida, deixando a baliza desprotegida. Vibe fez o remate em chapéu a Cássio e Marcelo chegou para o corte antes que a bola entrasse. Na recarga de Vibe, Cássio, ainda fora da área, agarrou a bola. A sorte, para o Rio Ave e para o guardião, foi o árbitro não ter assinalado a falta, evitando a expulsão.

O 1-0 ao intervalo era ouro sobre azul para o Rio Ave, mas a segunda parte traria alguns momentos de sufoco. Cássio redimiu-se então, travando um punhado de remates perigosos, saídos, sobretudo, dos pés de Vibe.

Filipe Augusto e Hassan ainda chegaram com perigo à baliza adversária, mas foi Diego Lopes, a dois minutos do fim, a ter a melhor oportunidade de golo do Rio Ave na segunda parte. Valeu ao Gotemburgo o voo de Alvbage, que impediu o 2-0.

Ainda assim, e com mais uma grande defesa de Cássio antes do apito final, o Rio Ave deixa a Suécia com uma vitória na bagagem e vantagem para a segunda mão, que se realiza no dia 7 e agosto, em Vila do Conde.