O Arouca «acordou» do sonho Europeu. Durou pouco, mas foi bonito enquanto durou.

Em Atenas e com a desvantagem de um golo, a equipa de Lito Vidigal deixou o Olympiakos entrar melhor, mas após a primeira meia hora assumiu o encontro e foi criando oportunidades atrás de oportunidades levando os adeptos gregos ao desespero. No entanto, falhou na eficácia e assim falhou também o acesso à fase de grupos da Liga Europa.

Perdeu por 2-1 no Georgios Karaiskáki, mas o resultado não se ajusta ao que se passou em campo até aos 90 minutos. Só mesmo ao que se passou no prolongamento, no qual os gregos foram melhores e eficazes.

O FILME DO JOGO

Marlon, Walter e Velazquez dispuseram das melhores ocasiões de golo da primeira metade, atirando ora ao lado ora por cima, e na segunda metade continuaram a falhar. Sobretudo Walter, que foi quem apareceu mais vezes a desequilibrar e de frente para a baliza. Crivellaro também se juntou aos falhanços e num pontapé de bicicleta - que a ser golo, teria sido bonito - levou a bola igualmente a sair por cima da baliza de Kapino.

Kapino que foi o melhor da equipa de Paulo Bento durante quase todo o encontro. Não só pelas intervenções que foi tendo e pelas saídas na hora certa, mas também porque a equipa grega esteve muito aquém daquilo que pode dar. Jogo fraco, no geral.

Melhorou depois com a entrada de André Martins, que se estreou com a camisola do Olympiakos, e com as boas combinações que o português teve com Ideye, mas foi o Arouca que chegou ao golo. Jogo faltoso a beneficiar o Arouca e Gégé, na sequência de um livre, a fazer o 0-1 aos 80 minutos.

Eliminatória empatada a uma bola, esperança do Arouca renovada e prolongamento no horizonte. Foi o que aconteceu. Vá, nem tudo. Aí Paulo Bento, que só tinha gasto uma substituição, voltou a mexer na equipa, fez sair o hoje apagado Cambiasso para a entrada de Chori Domínguez e «arrumou» com o Arouca com essa decisão.

O ítaloargentino entrou bem na partida e com apenas quatro minutos em campo fez o empate no marcador, colocando o Olympiakos na frente do play-off num pontapé forte. 1-1, mas com o Arouca ainda a acreditar que podia dar a volta.

Poder, podia, mas a noite continuou «grega» na finalização para o conjunto português. Walter voltou a falhar, e, como se diz na gíria futebolística, 'quem não marca sofre'. Com ambas as equipas a conseguir chegar bem à área adversária foi de novo o Olympiakos que chegou ao golo. Bom trabalho de André Martins a desmarcar Ideye para o 2-1, aos 113 minutos.

Depois da assistência, o médio português também ainda tentou o golo num pontapé rasteiro fora da área, mas Bracali tirou-lhe a estreia sonhada pelo Olympiakos. Tal como os gregos fizeram ao Arouca, nesta estreia pelos caminhos da Europa.