Foi um dia agitado no Estádio da Luz. Não por causa de um jogo, mas sim devido à elevada procura de bilhetes para a final da Liga Europa, que o Benfica vai disputar a 14 de maio, em Turim, frente ao Sevilha.

Centenas de adeptos apresentaram-se nas bilheteiras na Luz para comprar bilhetes, e sobretudo durante o período de manhã houve alguma confusão, na fase inicial do processo de venda. Isso levou mesmo a um reforço da presença policial, o que ajudou a tranquilizar o ambiente.

Ao final da tarde eram cerca de duas dezenas os agentes policiais presentes, para além dos elementos da segurança privada. A venda exclusiva de bilhetes a detentores de Título Fundador, Título Centenarium, Red Pass Total ou Red Pass Premium estava prevista decorrer das 8 às 14h, e ao início da tarde foi mesmo encerrada a fila destes elementos, mas os últimos elementos só conseguiram ter os bilhetes na mão por volta das 20 horas.

Foi por essa altura, portanto, que se iniciou a venda de bilhetes a detentores de Red Pass «normal». Estavam cerca de três centenas na fila, nesse momento, alguns dos quais na fila há mais de 24 horas. A informação apontava então para algo mais do que mil bilhetes disponíveis, mas com os de 45 euros já esgotados (sobravam os de 70, 100 e 150 euros, para além de lugares com visibilidade reduzida, a 35 euros, que serão vendidos no fim a quem estiver interessado).

Entre os adeptos ouviam-se as muitas queixas relativamente ao processo de venda. Havia quem defendesse que o clube devia ter aberto postos de venda no pavilhão, em maior número e com maior conforto; havia quem defendesse que as primeiras e segundas fases de venda deviam estar agendadas para dias diferentes; e havia quem garantisse que alguns adeptos estavam a exceder o limite estipulado de doze bilhetes por pessoa (com a apresentação de doze cartões).

Havia também quem questionasse os responsáveis sobre o que aconteceria aos adeptos que ainda estivessem na fila às 22 horas, prazo definido para o encerramento das bilheteiras. Sem resposta, os adeptos limitavam-se a temer mais uma noite dormida na Luz.

«Eu quero é o bilhete para o jogo. Depois logo vejo como vou para Turim. Nem que seja de bicicleta», dizia um adepto, prestes a ter o ingresso tão desejado.