A última vez que o Sp. Braga jogou em Marselha foi em novembro de 2015, num encontro relativo à quinta jornada do Grupo F da Liga Europa. Os franceses venceram por 1-0, mas os bracarenses mantiveram-se na liderança do grupo.

No entanto esse jogo ficou marcado por um caso insólito: roubaram as chuteiras do Sp. Braga.

«Após o treino, deixámos todo o material no balneário. No entanto, hoje, ao chegar ao estádio, reparámos que tinham desaparecido as chuteiras, todo o restante material desportivo e até os souvenirs para oferecer à UEFA e à equipa adversária», contou uma fonte do Sp. Braga ao Maisfutebol na altura.

«O Marselha tem de garantir a segurança nas suas instalações, tal como aconteceu há duas semanas, quando vieram jogar a Braga e também deixaram todo o material no estádio, um procedimento normal. É inacreditável imensas caixas metálicas desaparecerem assim… A porta do balneário, que estava trancada, não foi arrombada.»

Depois disso, a solução passou por adquirir novas chuteiras em França para os jogadores, sendo que foi revelado que não existiam pares de botas suficientes em Marselha, pelo que estavam a ser adquiridos também noutras cidades francesas.

António Salvador tratou de apresentar imediatamente uma queixa do roubo.

«Apresentámos uma participação à UEFA. A polícia esteve no estádio e no hotel e o que mais me surpreende é que apenas as chuteiras tenham desaparecido, quando havia material e outro equipamento nos balneários», disse o presidente.

Já o treinador Paulo Fonseca, que na altura orientava a equipa, referiu no final da derrota por 1-0 que todo aquele caso tinha sido muito grave.

«Tenho visto alguns comentários a aligeirar a situação e, sem que isso sirva de desculpa, porque o Marselha foi melhor do que nós e mereceu vencer, não posso deixar de dizer que foi um caso gravíssimo. É como um piloto de Fórmula 1, no dia da corrida, não ter o seu carro e correr com um emprestado», referiu.

«Se fosse eu a mandar no que são as normas da UEFA, acho que não deveria ter havido jogo. Queria ver se fosse ao contrário ou se fosse uma equipa como o Manchester United ou um Real Madrid o que é que tinha surgido daí.»

No entanto o jogo realizou-se mesmo.

«Confirmamos o sucedido. Os dois clubes estão a trabalhar em conjunto para encontrar uma solução, por exemplo substituir as chuteiras. O jogo vai ocorrer como marcado», referiu na altura uma fonte da UEFA.