Estrela: Salvio
Antes de mais, os factos relevantes: fantástico trabalho na direita do ataque, a tirar um adversário do caminho para ganhar espaço antes de servir o golo a Garay numa bandeja redondinha. Mas Salvio foi muito mais do que isso: foi um seta no ataque, foi técnica, foi velocidade, foi até lateral quando Maxi subia no corredor, foi enfim o melhor da noite. Voltou a ser titular depois de quatro jogos como suplente utilizado e a boa notícia é que mostrou aos adeptos benfiquistas que está de volta.

Positivo: Chadli
Já estava a ser o melhor do Tottenham, dinâmico e tecnicista, tinha por exemplo cabeceado com perigo aos 26 minutos e trabalhou bem para um passe aos 55 ao qual Soldado não deu a melhor sequência. Não pode dizer-se, portanto, que não tenha avisado. Em dois minutos marcou por duas vezes, primeiro num remate forte e depois num desvio oportuno na área, e ressuscitou o Tottenham.

Momento: ases pelos ares ao minuto 34
O jogo estava ali num impasse chato e melancólico, quando Garay foi à área adversária para cabecear para golo. Foi o terceiro golo de Garay em dois jogos, o sexto golo dos centrais (Garay e Luisão) nos últimos quatro. A dupla está a um golo de igualar o registo dos centrais mais goleadores da história do Benfica: em 90/91, Ricardo e William fizeram treze. Garay e Luisão já têm 12...

Negativo: Soldado
Até começou bem e nos primeiros minutos arrancou um cartão amarelo a Luisão. Depois disso, porém, desapareceu. Pior do que isso, só apareceu para ser notícia pela negativa: na circunstância aos 13 e aos 25 minutos, quando teve boas ocasiões para marcar, numa altura em que o resultado ainda estava no nulo, e falhou. O que ajuda a explicar porque tem sido preterido por Adebayor.

OUTROS DESTAQUES:

Oblak
Vestiu a pele de salvador já no período de descontos, quando Sigurdsson cabeceou com selo de golo e o guarda-redes encarnado se esticou todo para evitar o golo que igualaria a eliminatória. É certo que não teve uma noite perfeita, por vezes pareceu tremer, mas nesse instantes tornou-se essencial.

Ruben Amorim
Depois do grande jogo em Londres, voltou a ser titular e a fazer um jogo agradável, embora diferente do que tinha feito na primeira mão: mais recuado, na posição de Fejsa, deu nas vistas sobretudo na ajuda aos centrais e no critério que deu às saídas de bola: sempre seguras e tranquilas.

Garay
Descobriu uma suspeita veia goleadora: fez o terceiro golo em dois jogos. Para além desse feito, mostrou que está com uma confiança tremenda. Aos 41 minutos, por exemplo, fez um passe de 40 metros que meteu a bola em Maxi. Baixou a nota ao ser cúmplice no segundo golo de Chadli.

Lima
O jogo já estava nos descontos e parecia não poder trazer mais más notícias para o Benfica, mas Lima encarregou-se de acalmar o coração dos adeptos pouco antes do apito final: sofreu uma falta para grande penalidade e converteu-a ele próprio no empate que torna a noite encarnada menos má.