O Wolfsburgo voltou a bater o Inter Milão ( 2-1), desta vez em pleno San Siro, e garantiu com tranquilidade o passaporte para os quartos de final da Liga Europa, com uma exibição que começou nas luvas de Benaglio e prosseguiu na inspiração de De Bruyne.
 
Com uma vantagem confortável conquistada no primeiro jogo (3-1), Dieter Hecking deixou Shürrle no banco, para apostar num meio-campo mais musculado para suster a previsível entrada forte dos italianos que, com um forte apoio dos adeptos, das bancadas, procuraram desde cedo um golo que deixasse em aberto a eliminatória.

O Inter entrou, de facto, ao ataque, com uma frente alargada com Palacio, Icardi e Kovacic, com Roberto Mancini a assumir riscos que, para quem viu os jogos com o Sporting, podiam custar caro à equipa da casa.

As primeiras sustidas italianas morreram nas mãos de Benaglio e, aos 23 minutos, San Siro calou-se subitamente. De Bruyne cruzou da esquerda para a entrada de Caligiuri que, diante de Carrizo, rematou de primeira. O guarda-redes do Inter ainda defendeu com os pés, mas a bola ganhou altura e caiu caprichosamente dentro da baliza.



Num ápice, a eliminatória tinha ficado bem mais complicada para os italianos. Se no início do jogo precisavam apenas de dois golos para seguir em frente, agora precisavam de três para ir a prolongamento.

Um golo que também mudou o ambiente no estádio. A euforia dos adeptos neroazzurri era agora ultrapassada pela festa dos adeptos alemães. O Inter continuava a carregar e a expor-se aos rápidos contra-ataque dos alemães, com Vieirinha em particular destaque neste capítulo, com várias incursões pelo flanco direito. O Inter nunca baixou os braços e Palcio teve mais uma oportunidade clara, numa iniciativa individual, ultrapassando dois adversários na área antes de voltar a aquecer as luvas de Benaglio. O antigo guarda-redes do Nacional confirmava-se definitivamente como uma das figuras deste jogo.
 


O Inter ainda empatou, aos 71 minutos, num dos melhores lances da segunda parte, com Palacio a combinar com Hernanes antes de bater Benaglio. Um golo que voltou a equilibrar o estado de espírito das duas equipas, com o Wolfsburgo a acusar o toque e a recuar sobre a sua defesa e um Inter a ganhar novo fôlego na procura de novo golo.

A verdade é que os alemães conseguiram reorganizar-se e mataram definitivamente o jogo e a eliminatória com um golo construído por dois suplentes. Arnold, que rendeu Vieirinha aos 84 minutos, assistiu Bendtner para o golo da vitória.