O Nacional somou a segunda derrota em dois jogos oficiais e ficou mais longe da fase de grupos da Liga Europa.

A formação madeirense perdeu em Minsk, num jogo em que despertou demasiado tarde para merecer outro desfecho.

É certo que o Nacional teve uma ou outra oportunidade para marcar, teve por exemplo uma grande penalidade que ficou por assinalar por mão na bola na área do Dínamo Minsk, mas é certo também que podia ter sofrido mais golos: chegou até a sofrer o terceiro golo, que foi anulado por uma falta sobre Gottardi que parece não existir.

Para além disso, houve também dois remates às malhas laterais e mais um par de remates perigosos que deixaram a baliza de Gottardi sob alerta permanente.

Durante uma hora, aliás, o jogo foi isto: sentido único e sempre na direção da baliza do Nacional.

A formação madeirense não conseguia estender o jogo no campo e praticamente só defendia: com grande vontade, com grande interajuda, com muito esforço, é verdade, mas com claras limitações.

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O Dínamo Minsk é uma equipa tipicamente de leste: sem grande talento, mas com enorme conhecimento do que pode e tem de fazer. Naquele estilo de receção e passe, sem pormenores técnicos mas com dinâmica, a formação bielorrusa ia mandando completamente no jogo.

Ganhava quase sempre as segundas bolas e não deixava o Nacional sair do meio campo defensivo.

Com isso, claro, chegou aos golos. Fez o primeiro na marcação de uma grande penalidade que não deixa dúvidas, por falta de Ezzat sobre Udodji, aos 43 minutos, e fez o segundo pouco depois do regresso dos balneários, num remate de Nikolic que desviou em Miguel Rodrigues e enganou Gottardi.

Foi feliz na forma como marcou, mas ninguém pode dizer que fosse injusto. Não era. Era até bastante privisível. Pelo caudal de futebol junto à área do Nacional, já adivinhava.

Na última meia hora final, e ao perceber que estava em sérios maus lençóis, o Nacional cresceu e subiu no relvado. Finalmente foi autoritário. Nessa altura dispôs até de uma excelente oportunidade para marcar, quando Lucas João surgiu solto na cara do guarda-redes, mas o remate do jovem português foi desviado por Gutor com as pernas e saiu a rasar o poste.

Passou a centímetros da baliza a hipótese do Nacional conseguir sair vivo da Bielorrussa.

Até porque de resto, naquela meia hora em que teve mais bola, foi só mesmo isso: muita bola e muita pressa. Raramente a formação madeirense conseguiu rematar, e nunca mais o fez com perigo. Perdeu por 0-2 muito justamente, e deixou a Liga Europa no vermelho. Em risco.