O Sp. Braga ascendeu ao primeiro lugar do Grupo F da Liga Europa ao bater em casa o Ludogorets (4-2) em jogo da quarta ronda da fase de grupos. Numa noite em que podia selar a passagem em frente na prova, esse desiderato não foi conseguido pela equipa de Carvalhal, mas os guerreiros saltam para a dianteira do grupo.

Uma chegada ao primeiro lugar com uma primeira parte de luxo e, como se diz na gíria, com nota artística, rubricada com três golos de fino recorte técnico em jogadas de envolvência ofensiva com invasões em progressão à área da equipa que viajou desde a Bulgária.

Numa senda de dez jogos consecutivos em todas as competições sem perder, o Sp. Braga cumpriu com a sua missão: resolveu a questão logo na primeira metade, estreou o jovem avançado Vitinha nas competições europeias e ainda conseguiu gerir alguns dos seus principais elementos para a deslocação à Luz.

Se a tarefa do decacampeão búlgaro era já hercúlea à entrada para esta ronda, face à derrota pesada averbada na pedreira o Ludogorets está fora da Liga Europa, restando-lhe lutar pelo acesso à Liga Conferência.  

Guerreiros com nota artística avessos à resposta

Depois de um período de paciência do Sp. Braga nos instantes iniciais do encontro em que teve muita bola e sentiu dificuldades para penetrar no último reduto búlgaro, rapidamente a equipa lusa impôs o seu ritmo e deixou dois sérios avisos ao Ludogorets. Galeno isolado atirou ao lado e Ricardo Horta fez a bola embater na trave.

Dois lances em minutos seguidos na antecâmara do primeiro golo. Jogada bem desenhada a culminar com Ricardo Horta a preparar a bomba de Al Musrati de fora da área. Apesar de forte, o remate saiu à figura mas Kahlina não susteve o remate, acabando por ficar mal na fotografia.

Contudo, pouco depois, num dos poucos lances ofensivos do Ludogorets, os búlgaros chegaram ao empate. O ponta de lança Sotiriou apareceu nas costas da defesa bracarense e isolado teve astúcia para bater Matheus. Um golo que saiu caro ao Ludogorets. Não gostou de ser acicatado o Sp. Braga, partindo para um reação estonteante.

Num ápice passou para a frente e construiu uma margem de dois golos de diferença com jogadas de fino recorte técnico, invadindo a área adversária com combinações com nota artística. Ricardo Horta é o denominador comum na assistência, Iuri Medeiros e Galeno assinaram os golos.  

Gestão com mais um golo para cada lado

Ritmo estonteante no final da primeira metade do encontro, a não ter sequência na segunda metade, tal como era fácil prever. Sem capacidade para responder por parte do Ludogorets, a gestão do jogo ficou entregue ao Sp. Braga, que assumiu conforme a sua conveniência o ritmo do encontro.

Mais do que gerir o jogo, Carlos Carvalhal fez também a gestão da equipa para o embate da próxima ronda da Liga frente ao Benfica, tirando mais cedo elementos importantes como Sequeira, Al Musrati, Castro e Galeno.

Essa mesma gestão foi feita com mais um golo, do espanhol Mario Gonzalez, lançado na segunda metade. Numa saída de bola o Ludogorets foi displicente, permitindo ao espanhol ficar isolado e bater Kahlina pela quarta vez. Na sequência de um canto os búlgaros ainda conseguiram reduzir, chegando-se assim ao resultado final.

Num bom momento, o Sp. Braga é líder do Grupo F da Liga Europa e nos últimos dez jogos não sabe o que é perder. O Ludogorets foi presa fácil para os guerreiros.