Quando (finalmente) identificou Fredy Montero lá na frente de ataque, o Sporting encontrou o caminho para o triunfo sobre o Viktoria Plzen. Desta vez no posto mais adiantado, face às ausências de Bas Dost e Doumbia (e até Rafael Leão), o colombiano bisou e deixou a passagem aos quartos bem encaminhada.

Na fase inicial do encontro (20/25 minutos), porém, a equipa leonina não estava a conseguir mudar o «chip». Chegou com facilidade ao último terço, mas depois definiu como se estivesse Bas Dost na frente, nomeadamente a forçar cruzamentos para a área.

Em destaque neste período do encontro, Marcos Acuña não fugiu a esta tendência, ainda que ao minuto 8 tenha cruzado com as medidas certas (rasteiras) para o desvio de Gelson, ao segundo poste, mas o internacional português, de regresso após a suspensão que o afastou do clássico, falhou o alvo.

Acuña ainda deu nas vistas com um remate à trave (22m), já depois de Bryan Ruiz atirar para defesa de Hruska com o pé (19m), na sequência de um livre cobrado rapidamente.

E foi então, por volta do minuto 25, que Montero começou a entrar no jogo. Primeiro com um cabeceamento por cima, depois a reclamar um penálti que pareceu ter ficado mesmo por marcar (37m), ou de seguida a lançar Bruno Fernandes na área para um remate que saiu ao lado (40m).

O médio português desperdiçou outra ocasião ao minuto 45, também no interior da área, mas o Sporting ainda conseguiu chegar à vantagem antes do descanso, naquele que foi o terceiro golo consecutivo em período de descontos.

Depois de Gelson com o Moreirense e Rafael Leão no clássico, agora foi Montero a marcar no tempo adicional dado pelo árbitro. Um golo que até surgiu em contra-ataque, e com Fábio Coentrão a dividir o protagonismo com Montero. Tudo começou num corte à entrada da área do lateral, que depois apareceu no topo oposto a receber um passe de Bryan Ruiz e, de forma acrobática, serviu o colombiano.

Da vontade de arrumar a eliminatória ao perigo de um golo visitante

«El Avioncito» fechou a primeira parte a marcar, e na etapa complementar esperou apenas quatro minutos para festejar novamente. Um desarme de Acuña (Petrzela ficou a pedir falta) permitiu a Bruno Fernandes lançar o colombiano na área, para uma finalização fria e eficaz.

Confiante, o Sporting continuou a criar perigo e ainda viu Hruska negar o golo a Bryan Ruiz (65m) e Bruno Fernandes (68m), mas à entrada para o último quarto de hora entrou numa descompressão que podia ter dado um golo importante ao Viktoria Plzen.

É verdade que a última ocasião do jogo até foi de Mathieu, e que o Viktoria Plzen fez pouco para justificar esse tento, mas a formação checa teve duas ou três aproximações perigosas à baliza de Rui Patrício, por Chory e Krmencik.

Prevaleceu apenas o «bis» de Montero, no entanto, a colocar o Sporting na rota dos quartos de final. A eliminatória não está fechada, claro, mas a vantagem é indiscutivelmente promissora.