O pé direito de Marco Matias, no penalti, trouxe de volta a esperança que morreu dois minutos depois com o golo de Udoji. A despedida do Nacional da Liga Europa foi, porém, muito mais que um momento. No conjunto dos dois jogos do «play-off» foram bem evidentes as diferenças entre as equipas. O Minsk, experiente, rotinado e com muitos jogos nas pernas; o Nacional, com vontade, mas sem rotinas e com a inexperiência de alguns dos seus novos jogadores – o clube tem mesmo um dos plantéis mais jovens da Liga - a revelar-se implacável para o desfecho final.

Quanto ao jogo, Manuel Machado apostou num novo sistema táctico – o 4X4X2 em detrimento do 4X3X3 -, com Gomaa a 10 e Suk no banco. As mudanças chegaram também à defesa com a troca de Ezzat por Rui Correia.

E logo aos dois minutos, Zainadine cruzou e Rondon ficou a centímetros de encaminhar a bola para o fundo das redes de Gutor. Já perto da meia hora, o luso-venezuelano voltou a estar envolvido em mais um lance de algum perigo, embora não tivesse correspondido desta vez a um cruzamento de João Aurélio.

Rondon e João Aurélio que em boa tabelinha voltaram a levar perigo à área contrária, lance que esteve no início da jogada do golo, com Marco Matias a rematar com muito perigo e na sequência Miguel Rodrigues sofreu falta de Politevich. Na conversão,  aos 30 minutos, Marco Matias rematou forte e fez sonhar os alvi-negros, com a eliminatória em 1-2.

Um sonho que acabou por durar apenas dois minutos já que na sequência de um livre da direita, aos 32, falha de marcação e Udoji apareceu sozinho na área para cabecear à vontade para o fundo das redes de Gottardi, obrigando o Nacional a pensar que agora teria de marcar quatro golos sem resposta.

Depois de mais duas oportunidades de Mário Rondon, eis que o Dínamo de Minsk deu o xeque-mate nos madeirenses. Aos 40, novo livre e novo golo, agora foi Simovic a cabecear, sem hipóteses para Gottardi. 

Para a segunda parte, Manuel Machado trocou Ayala por Suk e voltou ao habitual 4X3X3. O 2-2 surgiu num livre de Gomaa bem correspondido por Aly Ghazal. Pouco depois, grande jogada entre João Aurélio e Marco Matias, mas a concretização falhou.

E foi numa fase ascendente do Nacional que o Minsk fez o 2-3, em mais uma falha de marcação da defesa alvi-negra, permitindo que, uma vez mais, Udoji cabeceasse com toda a calma do Mundo dentro de área.

Até ao fim, a ordem dos madeirenses foi para atacar, com Marco Matias a estar em evidência em algumas jogadas, mas a história já estava escrita. O Nacional despediu-se, sem brilho, da Liga Europa, com mais uma derrota, agora em casa, por 2-3.