Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, em declarações na flash interview da Sport TV + após a derrota com a Roma por 3-1 na 2.ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa:

«Saímos desta competição com uma grande equipa e uma potencial candidata a vencer a Liga Europa. Uma equipa fortíssima, com grandes jogadores, uma boa organizaçao e que tem, como todas as equipas italianas, um grau de cinismo muito alto: quando as coisas aparentemente estão calmas, saem em contra-ataque e a definição é imperdoável. Já sabíamos disso.

Fomos bravos nos dois jogos. Os meus jogadoes nunca viraram a cara à luta e nunca nos desmantelámos, mesmo a jogar com dez. Fomos uma equipa aberta no sentido que querer chegar ao golo do primeiro ao último minuto. Lutámos até ao limite das nossas forças no sentido de conseguir o melhor resultado possível. Fizemos um golo hoje e podíamos ter feito mais.

A Roma é uma super-equipa e tenho de dar os meus parabéns: foi melhor e mereceu passar. Saímos completamente inteiros deste jogo e preparados para o que aí vem: o melhor está sempre para vir.»

[Sobre as mexidas na equipa para este jogo]

«Eu tenho dois jogadores por posição. Infelizmente, não tenho agora pelas lesões graves que tivemos. Não tenho jogadores titulares ou suplentes. Pergunto se era possível não ser assim. Se não for assim, estoura-se três jogadores ou quatro e aí é que fico sem jogadores. A minha confiança nos jogadores é total. E avançaram os que entendi estarem melhor preparados.»

[Carga de jogos da equipa. A partir de agora há mais espaço para trabalhar]

«A nossa aposta foi não negligenciar jogo nenhum e nenhuma competição. A promessa que fizemos aos nossos adeptos foi jogar para ganhar os jogos todos. Hoje perdemos mas jogámos para ganhar, tal como na 1.ª mão. Fizemos o nosso papel e o que prometemos: lutar até ao limite.

Gostaria de continuar na Liga Europa e de sentir as mesmas dificuldades que temos sentido: estamos habituados a elas. Não tem a ver com a intensidade de jogos. Tem a ver com a proximidade. Posso fazer 100 jogos numa época desde que tenham um espaçamento de mais de 72 horas.

Agora vamos jogar no domingo, e jogo com o FC Porto na quarta-feira. Estamos sempre em desvantagem em relação aos adversários, que jogam sempre com mais dias de afastamento e não jogam em igualdade de circunstâncias connosco. Mas contem connosco: vamos à luta e vamos continuar a honrar em cada jogo. Mas estamos sempre em pé de desigualdade.»