Ricardo Sá Pinto, treinador do Sporting de Braga, em declarações na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a vitória por 1-0 frente ao Spartak, na primeira mão do play-off da Liga Europa:

«Apesar do ascendente, na primeira parte não soubemos ter qualidade de jogo nem criar as oportunidades que pretendíamos. Ambas as equipas têm muitos jogos acumulados, sabíamos que era importante fazer golos e não sofrer. Por outro lado, o adversário sabia que era importante não sofrer e levar a eliminatória para Moscovo.

Não tivemos a qualidade que queríamos na primeira parte. O adversário jogou com o bloco baixo, à espera do nosso erro. Jogou um futebol simples, pouco elaborado e muitas vezes direto para o avançado. Veio cá jogar no nosso erro. Estivemos muito bem nesse aspeto, sempre muito equilibrados.»

«O Spartak tem qualidade e naturalmente foi chegando à nossa área. É uma grande equipa, ainda recentemente ganhou ao CSKA de forma categórica, tem o orçamento que sabemos e jogadores de qualidade. Sabíamos da valia do adversário e que teríamos de ter paciência.»

«Na segunda parte entrámos com mais confiança, com mais mentalidade para desequilibrar e marcar. A circulação foi algo lenta e previsível na primeira parte. Se soubéssemos definir podíamos criar oportunidades e fazer golos. Infelizmente só fizemos um, mas podíamos e devíamos ter feito mais. Estou satisfeito com o resultado.»

[Saída do Fransérgio e a entrada do Novais?]:

«O Fransérgio é um belíssimo jogador, sabe jogar futebol curto e apoiado e tem uma chegada diferente sem bola. Cria muitos desequilíbrios assim. Não estava a encontrar espaços para jogar, embora tenha feito para isso. Há jogos que não saem, simplesmente. A entrada do Novais foi para a equipa ter mais posse, mais qualidade de circulação e controlo. Tínhamos espaço para jogar por dentro e podíamos criar perigo. Confio no Novais, como confio no Claudemir e no Xadas, tem qualidade e soube interpretar o que a equipa precisava.»

[Fase de grupos está mais perto?]:

«Acho que está tudo em aberto. Só jogámos uma parte. O adversário é forte em casa, tem um público que o apoia e dinamiza. Espero que o árbitro não seja protagonista e que deixe o resultado ser justo. O Spartak vai ser mais audaz, vai subir as suas linhas e certamente vai expor-se. Teremos de jogar com inteligência e alma.»