Emanuel Ferro voltou a render Silas na análise ao jogo, neste caso valorizando mais o resultado alcançado frente aos austríacos do LASK Linz do que propriamente à exibição da equipa. O Sporting passou por um mau bocado neste jogo, principalmente na primeira parte, numa exibição para esquecer que o técnico explica com os poucos dias que a equipa teve para assimilar as ideias da nova equipa técnica.

[Foi importante vencer esta noite?]

- O nosso objetivo era ganhar, depois do resultado da primeira mão, em que fizemos um bom jogo, era importante ganhar em casa. Na segunda parte houve uma mobilização de toda a gente, quer da equipa, quer do público e foi isso que nos ajudou a chegar à vitória.

[Já que não podemos ter aqui Silas, o que é que conversou com ele no final do jogo?]

- Não consigo repetir nada em particular, falámos sobre o jogo, mas nada em especial.

[Vitória muito sofrida. O Sporting está dependente de Bruno Fernandes que voltou a estar nos dois golos?]

- Dependemos do desempenho de todos, do desempenho do Neto, que jogou a defesa direito, do Miguel Luís que, sem nunca ter jogado a ali, também jogou a defesa direito. Em todos os treinos temos estado todos envolvidos naquilo que são as novas ideias.

[Que importância é que tem voltar a ganhar em Alvalade?]

- Ganhar é muito bom, esta recuperação de resultado também é positiva, demonstra a vontade extra dos jogadores. Vencer em Alvalade também era importante pela relação com os adeptos e isso acaba por dar um elan diferente.

[O apoio dos adeptos foi determinante na segunda parte?]

- Não me parece que assim seja. A exigência também é nossa, é de todos. Na primeira parte queríamos conseguir algumas coisas, não aconteceu, corrigimos e conseguimos marcar dois golos que nos deram a vitória.

[O Sporting deu quase uma hora de avanço ao LASK…]

- Na verdade, com estes poucos dias de trabalho, as ideias que têm vindo a ser implementadas, não estão ainda inseridas em todos os jogadores, quer no processo defensivo, quer no processo ofensivo. O importante é que todos estão a acreditar nas novas ideias. Foi essa envolvência de todos que acabou por resultar na segunda parte.

[Rosier ficou de fora porquê? Porquê adaptar dois jogadores ao lado direito?]

- Temos um conjunto de jogadores, cada um com as suas especificidades, em relação à fadiga e ao histórico de lesões. Nesse sentido, procuramos fazer uma gestão. Tínhamos dois laterais lesionados, achámos que esta era a melhor forma para conseguir um bom desempenho. O Neto jogou ali, os ajustes passaram pela sua substituição. O Miguel Luís também nunca jogou ali, mas foram esses ajustes que nos permitiram chegar à área e marcar dois golos.

[Como explica que o Sporting se tenha submetido à pressão inicial do LASK?]

- Correu mal porque por vezes queremos muito. Assumimos que queremos fazer algo que os jogadores não estão identificados. A pressão era a que esperávamos, os ajustes foram para explorar essa mesma pressão, para termos mais espaço para jogarmos.

[A paragem para as seleções é suficiente para implementar essas ideias?]

- Quando olhamos para o nosso dia-a-dia, percebemos que todos os dias são uma oportunidade para melhorarmos qualquer coisa. Temos de definir prioridades. Naturalmente com esta paragem, mesmo tendo alguns jogadores nas seleções, acreditamos que vamos conseguir coisas que nestes dias não conseguimos. O jogo com o Alverca [para a Taça de Portugal] é importante para nós e até lá esperamos conseguir pôr a equipa mais próxima das nossas ideias.

[O que achou deste LASK?]

- Também falámos sobre isso na antevisão. O LASK está a jogar muito bem, tem uma forma de jogar bem estruturada e trabalhada, isso também se nota nas bolas paradas. Não nos surpreendeu, mas é de elogiar a forma como vieram aqui jogar. Conseguimos dar a volta, conseguimos ter superioridade sobre o LASK, mas não podemos deixar de os elogiar.