O empate do F.C. Porto na visita ao Feirense não significou, apenas, a perda dos primeiros pontos na época para a equipa de Vítor Pereira. Com o nulo no Municipal de Aveiro, os dragões puseram fim a uma impressionante série de 43 jogos sempre a marcar no campeonato.

A última vez que os azuis e brancos ficaram em branco, num jogo da Liga, data de 28 de Fevereiro de 2010. Então, na visita a Alvalade, o F.C. Porto de Jesualdo Ferreira foi abatido com três golos sem resposta e perdeu, praticamente, a hipótese de conquistar o «penta». Esse jogo, em que Djaló, Izmailov e Miguel Veloso feriram o dragão, foi também o último que os campeões nacionais perderam no campeonato. Portanto, apesar de quebrar a série de jogos a marcar, o F.C. Porto prossegue uma outra: já são 44 jogos sem perder.

A crónica do Feirense-F.C. Porto

Mas, voltando ao tema do artigo, à derrota em Alvalade seguiu-se um empate caseiro com a Olhanense (2-2), a 6 de Março de 2010. É aqui que começa a onda concretizadora dos dragões. Falcao, aos 81 minutos, iniciou a série que terminou nos pés de Belluschi, na recepção ao V. Setúbal, da semana passada.

Até ao final dessa temporada, a equipa de Jesualdo Ferreira marcou sempre. Com André Villas-Boas, os dragões fizeram o pleno: marcaram nos 30 jogos do campeonato. Mesmo nos três jogos em que empataram (V. Guimarães, Sporting e Paços de Ferreira), a equipa marcou pelo menos uma vez.

No final da temporada passada, o F.C. Porto somava 39 jogos sempre a marcar. Nove com Jesualdo Ferreira e 30 com Villas-Boas. Vítor Pereira conseguiu esticar a corda por mais quatro ocasiões (V. Guimarães, Gil Vicente, U. Leiria e Setúbal). À quinta, caiu.

No total, o F.C. Porto fez 120 golos neste período. Dá uma média de 2,8 por jogo. Jesualdo Ferreira contribuiu com 27, em 9 jogos; André Villas-Boas levou a equipa a marcar por 81 vezes, em 30 desafios e Vítor Pereira acrescentou mais 12, em quatro partidas. Depois, veio o vazio.

O Feirense não conseguiu quebrar a onda invencível do F.C. Porto, mas descobriu o segredo para fechar a sua baliza. Este ano, só o Barcelona, na Supertaça Europeia, o havia feito. Mas isso são contas de outro rosário.