Pinheiro (Trofense) poderá ser designado como o jogador mais útil da Liga 2008/09. O médio português acumulou apenas quatro presenças no onze, passando as restantes jornadas no banco de suplentes, à espera de vez. Mesmo assim, contabiliza três golos e três assistências. «E fiz mais uma assistência na Taça de Portugal», atira Pinheiro, de pronto, ao seu jeito.
O jogador, actualmente com 31 anos, teve um papel fundamental na subida do Trofense ao escalão principal. Esta época, contudo, foi perdendo algum espaço de manobra no leque de titulares. Pinheiro mostra-se satisfeito com o registo alcançado mas evita palavras de contestação face ao actual cenário: «Num clube com vinte e tal jogadores, nem todos podem entrar de início, resta-me esperar e dar o meu melhor quando sou chamado»
«Felizmente, tenho entrado muito bem nos jogos. Marquei mal entrei contra o Rio Ave e, contra o Benfica, fiz uma assistência na primeira jogava em que me envolvi», recorda o médio, entre sorrisos. São quatro jogos como titular e seis como suplente utilizado. Nas últimas três jornadas, aliás, só entrou após o minuto 80. «Sejam noventa minutos ou apenas um, vou para dar o máximo. Aliás, tenho demonstrado isso», afirma.
E agora? Perante esta realidade, Tulipa poderá catalogar definitivamente Pinheiro como uma arma secreta? «Não estou preocupado com isso, uma equipa tem de ter suplentes, tomara eu que sempre que salte do banco, marque ou faça uma assistência. Estando no banco, a ansiedade vai crescendo ao longo do encontro e, quando somos chamados, entrámos com determinados a mudar algo. Os resultados estão à vista», acrescenta.
«Colectivamente, agora vamos ter um jogo muito importante, frente ao Paços de Ferreira. O calendário foi complicado, nos últimos tempos, e as pessoas entendiam que já estávamos condenados, mas conseguimos provar que não era bem assim. Com o espírito que o Trofense já demonstrou, acreditamos que a continuidade é possível», finaliza Pinheiro, em diálogo com o Maisfutebol.