Os responsáveis da Liga pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que determine a autenticidade de um dossier anónimo que chegou ao organismo e que denuncia alegadas irregularidades cometidas por dirigentes e agentes ligados ao futebol. A existência deste documento foi noticiada pelo «Expresso» e fontes da Liga já confirmaram a informação avançada pelo jornal.
Entretanto, a PGR confirmou a recepção do dossier, cujo envelope e papel apresenta o timbre do Ministério da Justiça (Directoria Nacional da Polícia Judiciária). O documento, segundo apurou o Maisfutebol, é constituído por cerca de 20 páginas.
Vieira: «É a estratégia do desespero»
Luís Filipe Vieira já comentou o assunto e em declarações à SIC realçou que não está acusado de nada, defendendo também que o caso «deve ser investigado até às ultimas instâncias», reforçando ainda que «quem não deve não teme». O presidente encarnado entende mesmo que tudo se trata de uma «estratégia de desespero». «Ele que divulgue os dossiês que quiser», disse, dirigindo-se a Pinto da Costa.
«Os benfiquistas não se devem preocupar. A minha cara é sempre a mesma. Continuo a ser o homem do bairro das Furnas.
Não pretendo mudar de nacionalidade nem casar com nenhuma brasileira», declarou ainda Vieira.
Em resposta à entrevista de Pinto da Costa, concedida também à SIC, o presidente encarnado deixou uma questão. «Já alguem desmentiu as escutas? Só dizem que não são válidas, não dizem que é mentira», disse o dirigente, referindo depois os nomes de Valentim Loureiro, João Loureiro e João Bartolomeu.
O dirigente máximo do Benfica garante ainda que não tem nada a ver com o livro de Carolina Salgado, «nem com o contra-livro». «O livro só existe porque alguém viveu com determinada senhora», afirmou.
Vieira disse depois que está «descansado», e que o seu «único mal foi ter mexido com o poder».