A Liga Portugal e os 18 clubes da Liga emitiram o comunicado conjunto no qual pedem mais respeito pelos adeptos na sequência dos recorrentes atrasos nas entradas nos recintos desportivos.

A mesma nota, dirigida ao ministro da Administração Interna, ao Diretor Nacional da PSP, ao Comandante-Geral da GNR, insta estes responsáveis a «ordenarem a adoção de comportamentos que assegurem o tratamento condigno dos adeptos que semanalmente se deslocam aos estádios».

«Os clubes profissionais têm o mesmo direito e a mesma legítima expectativa da prestação de serviços públicos que as demais entidades e os cidadãos que a cada jornada se deslocam aos jogos das competições profissionais não perdem, nem devem ver limitados, os seus direitos, pela mera circunstância de assumirem a condição de adeptos. No entanto, e lamentavelmente, é isso que vem sucedendo de forma recorrente, com o condicionamento injustificado do acesso atempado dos adeptos aos recintos desportivos dos jogos das competições profissionais» pode ler-se.

Leia o comunicado na íntegra:

«O futebol profissional é uma atividade desportiva, mas também económica, que anualmente move milhões de adeptos em todo o país Continental e nas Regiões Autónomas, com assinalável esforço financeiro dos adeptos e das sociedades desportivas promotoras dos jogos.

A segurança e o bem-estar destes adeptos impõem um esforço de coordenação entre aquelas sociedades desportivas e as forças de segurança pública e também privada, para cujo esforço as associadas da Liga Portugal sempre estiveram – e permanecem – inteiramente disponíveis.

Assinale-se, a esse propósito, que apenas o futebol organiza competições profissionais, do que decorre que é a única atividade desportiva regular que se vê legalmente constrangida a pagar por um serviço de policiamento que é público e deve ser prestado pelo Estado.

Nesse sentido, os agentes do futebol profissional requerem, semanalmente, e pagam à tabela legal, o policiamento dos seus jogos, efetuado através de contingentes que a PSP e a GNR fixam de forma unilateral.

Os clubes profissionais têm o mesmo direito e a mesma legítima expectativa da prestação de serviços públicos que as demais entidades e os cidadãos que a cada jornada se deslocam aos jogos das competições profissionais não perdem, nem devem ver limitados, os seus direitos, pela mera circunstância de assumirem a condição de adeptos. 

No entanto, e lamentavelmente, é isso que vem sucedendo de forma recorrente, com o condicionamento injustificado do acesso atempado dos adeptos aos recintos desportivos dos jogos das competições profissionais.

As sociedades desportivas da Liga NOS, inconformadas com o tratamento dedicado aos seus adeptos, que têm sido constrangidos a assistir apenas a parte de um espetáculo para que pagaram bilhete inteiro, taxado pelo escalão máximo de IVA, instaram, na presente data, Sua Excelência, o Senhor Ministro da Administração Interna, o Diretor Nacional da PSP e o Comandante-Geral da GNR para que ordenem a adoção de comportamentos que assegurem o tratamento condigno dos adeptos que semanalmente se deslocam aos estádios.

Esta ação foi um primeiro e moderado passo conjunto das sociedades desportivas da Liga NOS, na defesa dos seus interesses comuns e dos seus adeptos, não ficando excluída a possibilidade de uma intervenção mais assertiva no caso, que não antecipamos provável, de se manter o atual desrespeito pelos direitos dos adeptos.

A Liga Portugal,

As sociedades desportivas da Liga NOS,

Belenenses, Boavista FC, CD Aves, CD Feirense, CD Nacional, CD Tondela, FC Porto, GD Chaves, Marítimo M., Moreirense FC, Portimonense, Rio Ave FC, SC Braga, SL Benfica, Sporting CP, Sta. Clara, Vitória FC, Vitória SC.»