A Liga Portugal (LPFP) emitiu um comunicado no qual manifesta indignação pela ausência do futebol da aplicação da taxa do IVA para 6 por cento.

«Ficamos todos, assim, a saber que os senhores Deputados comparam o futebol profissional e o desporto em geral a espetáculos de caráter pornográfico ou obsceno, já que passa a partilhar com estes a exceção de aplicação da taxa máxima de IVA (23%). A decisão agora tomada, que exclui o futebol da extensa redução do IVA, é um atentado à moralidade política, já que não só estabelece a referida comparação, como também expõe ao país um exemplo do que é não honrar compromissos assumidos e penalizar quem muito se sacrificou, sem reclamar, num momento de austeridade, muito difícil para Portugal», pode ler-se.

No mesmo comunicado, o organismo presidido por Pedro Proença refere que até 2012 o futebol partilhava com a música a aplicação da taxa mínima de IVA e diz que a não aplicação da mesma nos espectáculo desportivos não cumpre com aquilo que diz estar expresso na Constituição da República Portuguesa.

«É uma péssima imagem para o país, com prejuízos para o Desporto, o Futebol Profissional e a sociedade portuguesa em geral. Um desrespeito para com os milhões de portugueses que, semanalmente, vão aos nossos estádios, ocupando o seu tempo com um espetáculo criado exclusivamente pelas instituições desportivas Se há outros espetáculos que, embora muito pouco unânimes na adesão aos mesmos, recorrem à tradição cultural para justificar a redução do valor do IVA, o que se poderá dizer do futebol? Que não tem tradição na sociedade portuguesa, que é um exclusivo de uma região do país? É um absurdo!», conclui-se.