O Orçamento e o Plano de Atividades da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para a época 2018/19 foram esta sexta-feira aprovados por unanimidade em Assembleia Geral, realizada na sede do organismo.  

Pelo quarto ano seguido a Liga prevê um orçamento com resultados operacionais positivos, desta feita de 1,9 milhões de euros.

Para 2018/19, a Liga antecipa «as maiores receitas de sempre, estimadas em cerca de 17 milhões de euros, prevendo também a maior distribuição de receitas», aponta aquele organismo no seu site oficial, sendo que, registando resultados comerciais positivos no final da época, está prevista a criação de um fundo de infraestruturas de «cerca de 500 mil euros».

O documento reflete o plano de negócios para o quadriénio 2015/19 da direção, que regularizou ainda a dívida de passivo herdada, superior a cinco milhões de euros, tendo como credores a FPF, a banca, o Estado e o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).

De seguida, começou uma outra Assembleia Geral, esta extraordinária, com vista à votação das propostas de alteração aos regulamentos de competições e disciplinar, sendo que, neste último, foi aprovada uma punição para «o aliciamento de rescisões sem justa causa de jogadores», explicou o presidente da Mesa, Mário Costa.

Essa medida implica «que, no futuro, se possa impedir os clubes de inscrever os jogadores num determinado período se ficar provado que não houve justa causa», acrescentou, antes de a diretora executiva, Sónia Carneiro, explicar que a alteração permite equiparar o regulamento da Liga ao das normas já existentes da FIFA.

Os emblemas profissionais aprovaram ainda normas que contribuirão para a produção de mais conteúdos televisivos, exclusivamente relacionados com as competições, ou seja, o operador que detém os direitos televisivos das provas profissionais passa a ter, a partir da próxima época, conteúdos exclusivos.

Esta medida, segundo Sónia Carneiro, visa «contribuir para a imagem positiva do futebol que a Liga Portugal pretende reforçar» e reforçar o papel dos jogadores e treinadores como «os verdadeiros protagonistas».

Este anexo foi aprovado com os votos contra por parte dos três ‘grandes’ - FC Porto, Benfica e Sporting. O quadro normativo viu ainda serem aprovados ajustes relacionados com a calendarização e horários dos jogos.