Normalidade reposta na Pedreira. Após a hecatombe na Luz o Sp. Braga confirmou no Sado a presença na Final Four da Taça da Liga e reencontrou-se com os seus adeptos, despachando o Marítimo (2-0) de forma simples com golos de Raúl Silva e Wilson Eduardo

Nem foi preciso transpirar muito por parte da equipa de Abel Ferreira para levar de vencido o conjunto insular, jogando o quanto baste, de forma tranquila e sem grande acelerações para provocar rombos no casco de um Marítimo demasiado débil.

Aos treze minutos a equipa da casa já vencia por duas bolas a zero, encaminhando de forma quase definitiva o triunfo, com mérito, é claro, mas também muito devido à prestação da equipa de Petit. Sem nervo nem fúria, pouco conexa nas movimentações e muito macia, os madeirenses foram presa fácil para os Guerreiros. Voltaram a encalhar os madeirenses, desta feita numa Pedreira de águas tranquilas.

Estreia a marcar de Raúl Silva e bomba de Wilson

Logo aos nove minutos o defesa Raúl Silva marcou, adivinhe-se, na sequência de um pontapé de canto e deu um pontapé no marasmo com que o jogo se tinha iniciado. Cruzamento venenoso de Sequeira, na coração da área o defesa voltou a mostrar a sua aptidão para este tipo de lances, marcando à sua anterior equipa na estreia a marcar esta temporada.

Nem respirou o Marítimo, uma vez que apenas quatro minutos depois Wilson Eduardo elevou a contagem. Sequeira novamente no lance a tirar o cruzamento do lado esquerdo, ao segundo poste Wilson Eduardo encheu o pé e rematou de primeira, sem deixar a bola embater no relvado, fazendo Charles ir pela segunda vez ao fundo das redes.

Simples para o Sp. Braga, com a sua personalidade habitual, jogando de forma concentrada e a aproveitar e falta de intensidade adversária para, também a esse ritmo, construir o triunfo. Antes do golo, por exemplo, na ressaca de um pontapé de canto Wilson Eduardo deixou um primeiro aviso ao tirar tinta da trave da baliza insular sem qualquer oposição.

Gestão tranquila

Narrativa aberta, ainda haviam para se jogar mais de setenta minutos, mas desde logo com o desfecho anunciado. O Sp. Braga limitou-se a gerir a vantagem, de forma tranquila perante uma incapacidade deprimente por parte do Marítimo, que não conseguiu reagir.

Petit ainda não sabe o que é vencer no comando técnico dos insulares, que avançaram na pedreira para o 16.º jogo consecutivo sem vencer, averbando a quarta derrota consecutiva. Demasiado desgarrada a exibição do Marítimo, podendo cair para os lugares de despromoção com o desenrolar da jornada.

Alheio a isso, o Sp. Braga fez o que lhe competia, dominou e venceu com justiça, pressionando o Benfica e o Sporting. Não consentiu qualquer lance de perigo o conjunto de Abel, mesmo o Marítimo também não ameaçando, confirmando um triunfo simples. Demasiado simples.