A FIGURA: Mateus

Que grande jogo do angolano. 34 anos? A idade não é requisito. A qualidade, sim. E a muita vontade e abnegação. Na estreia de Lito Vidigal, manteve-se como aposta pelo flanco, no apoio a Rafael Lopes. E foi do angolano que surgiu a decisão do jogo, num remate certeiro para o 1-0 perto da hora de jogo. Na primeira parte, já tinha estado nas duas jogadas mais concretas e perigosas do ataque axadrezado. Deixou o estreante Flávio Ramos para trás na ocasião soberana e depois assistiu Rafael Costa, que também esteve perto do golo. Raça, luta constante pela bola, sem dar descanso ao Feirense na saída de bola.

O MOMENTO: momento Bueno na estreia (82’)

Mateus já tinha coroado a boa exibição com o golo inicial, mas o momento do jogo foi assinado por Alberto Bueno, aos 82 minutos. O avançado espanhol puxou dos galões e fez um verdadeiro golaço de livre direto, a fixar o 2-0 no marcador, dissipando as dúvidas que pairavam numa possível recuperação do Feirense. Estreia de sonho pelo emblema axadrezado.

Boavista-Feirense, 2-0: a crónica do jogo

OUTROS DESTAQUES

Mateus Anderson: em estreia absoluta no Feirense, o brasileiro foi titular e assinou bons pormenores na direita do ataque. Galgou metros em direção da baliza de Helton Leite e deu o maior aviso da equipa fogaceira na primeira parte, num cruzamento-remate que surpreendeu Helton Leite. Também originou a melhor ocasião para o empate na segunda parte. Notórias, contudo, necessárias adaptações ao futebol português: por vezes, teve ocasião de soltar a bola para os colegas, mas preferiu jogadas individuais.

Rafael Costa: em dúvida para jogo, por questões físicas, acabou por ser uma de três novidades no primeiro onze de Lito Vidigal e apresentou-se em bom plano. A equipa cresceu quando o brasileiro deu mais capacidade de recuperação de bola, lançando a equipa em transições.

VÍDEO: o resumo da vitória do Boavista sobre o Feirense

Alberto Bueno: estreia de sonho pelo Boavista, com o golaço que fixou o resultado final. O avançado espanhol marcou o primeiro golo de sempre na Liga portuguesa, após já ter jogado no FC Porto, onde marcou apenas dois golos na Taça de Portugal. Deixou vontade, coesão no passe e espírito de luta em campo, coroando a exibição ao minuto 82.

André Moreira: o grande protagonista da primeira parte pela positiva. No pior para o Feirense na segunda. Fechou inicialmente a baliza ao Boavista, que crescera a partir dos 25 minutos: negou o 1-0 a Mateus com uma defesa espetacular (31’) e voltou a intervir para negar o tento à cabeça de Rafael Costa pouco depois. Contudo, falharia na etapa complementar ao tentar afastar a bola do cruzamento de Edu Machado, que permitiu o golo de Mateus. Depois, incapaz de deter o livre de Bueno.