O Sp. Braga segue desgovernado, embalou numa senda triunfal e já chegou ao pódio. O oitavo triunfo consecutivo voltou a ter o Sporting como vítima, pertencendo ao ‘culé’ Trincão a missão de dar a estocada no leão. De uma assentada os guerreiros ultrapassam Sporting e Famalicão e ascendem ao terceiro lugar.

Caminhada incrível de Rúben Amorim no comando técnico arsenalista. Sete vitórias em sete jogos, duas frente ao Sporting e uma frente ao FC Porto, com direito à conquista da Taça da Liga pelo meio. O triunfo deste final de tarde na receção ao Sporting acaba até por ser natural dado o diferencial entre as duas equipas. Este Sp. Braga é melhor do que este Sporting e os resultados atestam-no.

Num carrossel de resultados e na ressaca após a saída de Bruno Fernandes o Sporting voltou a exibir-se ao nível dos últimos jogos, pobre em ideias, pouco intenso e com dificuldades para progredir no terreno. Em suma, uma presa fácil para uns guerreiros tão competentes.

Sporar no ataque e Eduardo no meio

A primeira versão do Sporting sem Bruno Fernandes contou com um meio campo a três, composto por Eduardo, Battaglia e Wendel. Wendel teve mais liberdade para se recriar e dar criatividade à posse de bola ofensiva dos leões, sendo que Sporar estreou-se a titular no ataque.

Numa série triunfal de seis vitórias, Rúben Amorim mudou sete peças no onze bracarense mas a realidade é que a sua equipa manteve-se fiel a si mesma. Pressão alta, linhas subidas a condicionar de forma musculada a primeira fase de construção do Sporting.

Manteve-se, portanto, o mesmo estilo do jogo que que se realizou há pouco mais de uma semana neste mesmo palco, mas a intensidade foi bem diferente. O Sporting esteve melhor comparativamente com esse jogo e, por isso, o jogo foi mais equilibrado, ainda que uma vez mais com ascendente da equipa da casa.

Entre vários ataques falhou, contudo, a tomada de decisão. Na memória fica um ataque em superioridade numérica de Horta, Galeno e Paulinho, que se perderam em preciosismos e acabaram por nem sequer alvejar a baliza de Maximiano. Com mais dificuldades em armar o ataque, o Sporting tinha no estreante Sporar a principal referência. O esloveno mostrou atributos interessantes, mas a realidade é que teve pouca bola.

Trincão do banco para a glória

Por entre muitas quezílias e uma série de cartões amarelos, essencialmente para o Sporting, a matriz de jogo não se alterou com o evoluir do cronómetro, nem com as alterações feitas por ambos os técnicos.

O Sp. Braga foi naturalmente superior ao Sporting e intensificou o ascendente a meio do segundo tempo, conquistando vários cantos numa fase em que encostou o Sporting às cordas. Ainda assim, faltou o pragmatismo habitual para abanar as redes adversárias e perderam-se vários lances devido a decisões mal tomadas.

Quando o ímpeto parecia esmorecer, saltado do banco de suplentes, Trincão resolveu o jogo. Luís Neto ainda faz um corte milagroso a evitar o primeiro remate de Galeno, mas a bola sobrou para o jovem atacante finalizar de primeira.

Ultrapassagem na tabela, o Sp. Braga segue desgovernado a alta velocidade tabela classificação assim. Triunfo natural sobre o Sporting naquela que foi a oitava seguida dos guerreiros.