A FIGURA: Bruno Fernandes

Claramente acima dos demais esta noite. Não foi só o melhor do Sporting: foi o melhor em campo. Praticamente todas as jogadas ofensivas passaram-lhe pelos pés. Ele que até começou descaído para a direita, no lugar que costuma ser de Gelson Martins, mas rapidamente deambulou para o centro, onde, efetivamente faz a diferença. Testou Casillas ao minuto 22, com um remate de longe, cobrou o canto que Bryan Ruiz desviou para o poste e carrilou todo o futebol leonino para próximo da área portista.

O MOMENTO: Rafael Leão atira um ponto para a bancada

Minuto 88. Pouco depois de Casillas fazer a defesa do jogo na cara de Montero, a defesa do FC Porto voltou a comprometer e a deixar um homem do Sporting solto na área. O centro de Ruben Ribeiro apanhou Rafael Leão solto. Já muita gente gritava golo mas o menino, de pontaria afinada no golo leonino, atirou de forma disparatada para as nuvens. Foi o canto do cisne.

OUTROS DESTAQUES

Bryan Ruiz

O homem escolhido para o lugar do castigado Gelson Martins começou por mostrar-se em ação...defensiva. A primeira oportunidade do jogo só não deu em golo porque o costa-riquenho estava em cima da linha a evitar. Mas o jogo de Bryan Ruiz foi muito mais do que isso. Foi o passe para o empate de Rafael Leão, foi o cabeceamento ao poste na segunda parte e o perigo constante que não deixou sossegado nenhum elemento da defensiva portista.

Rafael Leão

Estreia agridoce. Poderia ser de sonho, mas a pontaria na última oportunidade do Sporting, e que flagrante ela foi, traiu-o no pior momento. Depois de ter marcado por entre as pernas de Casillas no primeiro remate que fez no jogo, pouco depois de render o lesionado Doumbia, teve soberana ocasião para fazer o segundo, mas atirou para as nuvens, já na reta final. Dores de crescimento.

William Carvalho

Com menos preocupações defensivas pela companhia de Battagia que Jesus lhe reservou, o capitão mostrou-se muito mais na forma como levou jogo para o ataque. Imponente fisicamente, deixou várias vezes os médios portistas nas covas e só a imprecisão no último passe deixou a desejar. Foi assim numa arrancada já perto do fim em que deveria ter soltado mais cedo em Bruno Fernandes, desperdiçando a oportunidade de isolar o colega.

Fábio Coentrão

Os jogos no Dragão nunca são fáceis para o lateral, por tudo o que os envolve. Coentrão, é certo, fez por isso ao longo dos anos e, outra vez esta noite, voltou a não deixar amigos. Nem sequer entre os elementos do INEM. Foi feio de parte a parte, mas a um internacional português exige-se outro comportamento.