O Sporting venceu o Arouca (1-2) e ganhou dois pontos às duas equipas da frente. A equipa da casa até chegou à vantagem bem cedo, mas a equipa de Jorge Jesus nunca pareceu ter perdido o controlo da partida, alcançando a remontada com golos de Alan Ruiz e Bruno César.

Em vantagem, o leão baixou o ritmo do jogo, mas o Arouca nunca conseguiu incomodar verdadeiramente, apesar da exibição muito pálida dos leões na segunda parte.

Não se tivesse atrasado tanto na luta pelo título, e as duas últimas jornadas poderiam fazer reentrar o Sporting na disputa. Mas como a desvantagem é muito grande, os quatro pontos recuperados a Benfica e FC Porto em apenas duas jornadas deixam os leões a oito e sete pontos, respetivamente do líder e do segundo classificado.

O Arouca, por seu turno, continua a atravessar um período negro, agora traduzido em sete derrotas consecutivas. A permanência não parece estar em causa, mas a equipa da serra da Freita passa por um momento bastante delicado. Não forma de o esconder.

Relativamente ao último jogo, Jorge Jesus promoveu apenas uma alteração, apostando em Bruno César para o lugar de Matheus Pereira, mantendo a restante estrutura.

Já Jorge Leitão, fez quatro alterações em relação à equipa que perdera na Madeira no jogo de despedida de Manuel Machado. Bolat assumiu a baliza – Bracali saíu lesionado dessa partida -, com Vítor Costa a surgir do lado esquerdo da defesa, setor que viu ainda o regresso de Nuno Coelho para o lugar de Velázquez. No meio-campo, foi Adilson quem ocupou o lugar deixado vago pela descida do capitão para central, voltando ao onze, de onde saíra na jornada 22.

Olhando para a equipa escolhida por Jorge Leitão, percebeu-se uma proximidade clara aos jogadores habitualmente escolhidos por... Lito Vidigal.

Golo madrugador não atordoou o leão

E a verdade é que foram duas das novidades de Leitão a estar na origem do golo madrugador do Arouca. Até tinha sido o Sporting a entrar melhor no jogo, mas aos 9', Adilson combinou com Vítor Costa, que cruzou para a área, onde Mateus subiu mais alto que Zeegelaar para marcar o primeiro golo da partida.

O Sporting não sentiu muito o golo sofrido e manteve a organização que mostrara até ali. Com Gelson a ser o jogador em maior destaque, Bruno César e Bryan Ruiz foram conseguindo algumas boas combinações, que esbarraram invariavelmente em Bolat.

O guarda-redes turco do Arouca segurou cabeceamentos fracos de Coates e Bas Dost, tendo de se aplicar mais para suster um remate de Gelson e outro do holandês que luta pela Bota de Ouro com Messi.

Aparentemente tranquilos no relvado – apesar dos gestos vigorosos de Jesus no banco -, os jogadores leoninos continuaram em busca do empate com futebol construído e sem pressas, procurando espaços na defesa arouquense, que foi recorrendo à falta para travar as investidas do adversário.

Foi, por isso, com grande naturalidade, que chegou o empate do Sporting. Alan Ruiz trabalhou bem dentro da área, olhou para a posição do inspirado Bolat e, puxando a bola para o pé esquerdo, colou-a junto ao primeiro poste, enganando o opositor.

E quando ainda ecoavam os festejos pelo primeiro golo, o Sporting confirmou a reviravolta, após uma subida de Zeegelaar, que cruzou atrasado para o remate certeiro de Bruno César, com a bola a tabelar num defesa arouquense e a enganar Bolat.

36 minutos, e o leão assumia a liderança do marcador, de forma absolutamente justa.

Leão pôs-se em vantagem e asfixiou... o jogo

Se até aí a equipa verde e branca apresentava-se absolutamente tranquila, em vantagem, o cenário manteve-se, com uma pequena mudança: a equipa passou a gerir a posse de bola, só arriscando quando o Arouca dava algum espaço.

Os minutos que restaram até ao final da primeira parte foram, por isso, pachorrentos e sem grande interesse.

E esse espírito manteve-se na etapa complementar. O Sporting não carregou em busca de dilatar a vantagem, tentou explorar a maior intranquilidade arouquense, e deixou que fosse a equipa da serra da Freita a assumir o jogo.

Na equipa lisboeta, só Gelson tentava abanar com o marasmo que se instalava na partida, enquanto o Arouca, com Walter e Kuca – que entrou na segunda parte –, tentava de forma atabalhoada, chegar ao empate.

No final, um leão de serviços mínimos - fez algum remate na segunda parte? - bastou para agravar a crise de um Arouca, que vai no terceiro treinador na época e que perde há sete jogos consecutivos. Penoso.