E ao quarto jogo em casa o Marítimo perdeu. Até agora os verde-rubros tinham vencido sempre no Estádio dos Barreiros – e com números «gordos»: oito golos marcados e apenas um sofrido -, mas neste domingo terminou o estado de graça com os adeptos. E terminou de forma justa, porque o Moreirense foi melhor, mais organizado, pressionante e esclarecido, e mereceu a vitória frente a um Marítimo irreconhecível e que criou muito poucas oportunidades de golo durante os 90 minutos.

O Marítimo começou mal o jogo, com alguma lentidão e pouca criatividade, e o Moreirense esteve melhor com o João Pedro e Gerso em destaque na frente, sempre muito móveis e rápidos. Foi assim, sem surpresa, que a equipa de Miguel Leal chegou ao golo, num lance que começou em Gerso que fez o passe para a desmarcação de André Simões pela esquerda. O médio assistiu então na perfeição João Pedro que dentro de área antecipou-se de forma fácil aos centrais do Marítimo, fazendo o 0-1 aos 17 minutos.

A equipa de Leonel Pontes estava menos pressionante e menos agressiva do que o adversário, que ocupava melhor os espaços no meio campo e saia com grande facilidade para o ataque fruto de uma grande organização e união entre os setores.

Ainda antes do intervalo Gerso isolou-se, depois de um grande passe de Vítor Gomes, mas Salin estava atento.

Na segunda parte o treinador do Marítimo lançou Vidales por troca com Bruno Gallo, mudança que fez recuar Mohamed Ibrahim para a posição 10.

E foi logo aos 51 minutos que os verde-rubros conseguiram empatar, na sequência de um canto de Edgar Costa pela direita. Danilo Pereira, ao primeiro poste, saltou mais alto do que os defesas do Moreirense, e empatou o jogo.

Mas o estado de graça verde-rubro durou apenas cinco minutos. Aos 56, também na sequência de um canto da direita, Filipe Melo ganhou a bola dentro de área e assistiu André Simões, que empurrou para o fundo das redes de Salin, perante algumas facilidades dos defesas do Marítimo.

A resposta tardou em surgir e só aos 68 minutos é que o Marítimo voltou a criar perigo, num grande cabeceamento de Dyego Sousa, parado de forma espetacular por Marafona.

Até ao fim a enorme organização defensiva do Moreirense era obstáculo às muitas investidas verde-rubras. O Marítimo atacava muito mas mais com o coração e menos com a cabeça. Dyego Sousa, já nos descontos, ainda cabeceou perto, mas estava carimbada, de forma justa, a primeira derrota do Marítimo no estádio dos Barreiros esta época.