António Xavier apontou o golo mais rápido do campeonato - estavam jogados apenas 14 segundos - mas o Tondela não só não conseguiu segurar a madrugadora vantagem, como viu o Portimonense alcançar uma vantagem de dois golos até ao intervalo. A equipa de Folha soube gerir depois, apesar da boa reação beirã.

Os algarvios não competiam desde o dia 9 de novembro e o treinador António Folha efetuou quatro alterações no onze inicial: Ricardo Ferreira, Jadson, Dener e Ewerton entraram para os lugares de Leo, Tormena, Lucas Fernandes e Tabata, mantendo-se inalterável o 4x3x3. O Tondela não teve paragem competitiva, mas Pepa não mexeu no onze titular, apresentando-se em 4x4x2.

Logo na saída de bola, os beirões colocaram-se em vantagem, com Xavier a desviar na área entre Jadson e Manafá, após um cruzamento de Murillo. A bola descreveu um efeito em chapéu ao guardião Ricardo Ferreira e entrou ao canto superior da baliza.

Os algarvios reagiram bem, não tardando a empatar, por Paulinho, aos 13 minutos, de grande penalidade, a castigar derrube de David Bruno a Nakajima. A decisão foi confirmada pelo árbitro após consulta ao VAR. Cláudio Ramos ainda adivinhou o lado, mas o remate foi forte e colocado.

Com uma troca segura de bola e transições rápidas, o Portimonense tomou o controlo do jogo e após um golo anulado por fora de jogo de Jadson, os algarvios chegaram à vantagem por Jackson Martínez. O colombiano aproveitou um passe em rutura e, descaído na esquerda, rematou rasteiro e cruzado, entre as pernas de Ícaro Silva e sem hipótese para Cláudio Ramos.

Portimonense-Tondela, 3-2: filme e ficha de jogo

A tarde poderia ter sido de maior felicidade para Jackson, que desperdiçou duas ocasiões para voltar a festejar, mas a finalização não o permitiu. Aos 39’, um toque subtil passou por cima da barra. Aos 43’, atirou ao lado, após jogada rápida e passe de Nakajima. Jackson não teve pontaria e acabou por sair lesionado na segunda parte.

Antes do intervalo, o 3-1, por Nakajima: o japonês aproveitou um erro de Cláudio Ramos, que aliviou a bola para a entrada da área. Após corte de Ícaro, Ewerton resgatou a bola e assistiu Nakajima, que rematou de primeira ao ângulo do poste mais próximo. Após o golo madrugador, os beirões só tiveram mais situação de perigo, num livre de Xavier a passar pouco por cima.

No reatamento, Paulinho acertou na barra da baliza do Tondela, mas os beirões foram mais afoitos na tentativa de inverter o resultado. O espetáculo ganhou com isso. O perigo foi uma constante junto das duas balizas e depois de duas bolas paradas perigosas de Nakajima e Peña, o Tondela reentrou no jogo com um golo de Tomané (62’), que aproveitou a marcação rápida de um livre para, isolado por João Mendes, colocar a bola por entre as pernas de Ricardo Ferreira.

O golo esticou a equipa de Pepa e o empate esteve próximo por Tomané, que viu Jadson cortar em cima da linha. Na resposta, Nakajima isolou-se, mas o remate levou a bola a acertar pela segunda vez no ferro da baliza de Cláudio Ramos. No minuto seguinte, Tomané foi expulso e o Tondela acabou de vez em termos ofensivos. Os algarvios controlaram os minutos finais, sem os sobressaltos vividos anteriormente.