Desportivo de Chaves e Feirense dividiram os pontos em disputa, num jogo crucial para ambos os conjuntos. 

Em tempo de Reis, os heroicos adeptos mereciam melhor prenda, diga-se, pois, o jogo foi fraquinho. Eram enormes as expetativas depositadas neste encontro, por parte dos adeptos da casa, com a equipa a precisar de pontuar para poder sair da incómoda situação em que se encontra na tabela classificativa. O jovem técnico flaviense, Tiago Fernandes, pegou no conjunto flaviense, esperançado em inverter o rumo negativo que a equipa vinha trilhando, mas os resultados positivos teimam em aparecer, exceção feita ao jogo da taça da Liga em que o Desp. Chaves bateu o Varzim.

Curiosidade comum aos dois conjuntos em confronto: são os dois últimos classificados, tendo conseguido até ao momento, apenas duas vitórias. O Chaves mais faminto, porque não tinha conquistado qualquer ponto, desde que empatou com o Benfica, no já longínquo dia 27 de setembro, averbando até ao momento, oito derrotas na prova. O Feirense, que começou o campeonato com duas vitórias seguidas, desde então, apenas amealhou mais quatro pontos, fruto de outros tantos empates. Vida difícil para ambos, diga-se.

E após este encontro, as coisas não ficara melhores. O técnico flaviense fez estrear o novo reforço vindo do Sp. Braga, Luther Sing e lançou o guarda redes António Filipe pela primeira vez na Liga. O jogo em si fraquinho, como acima referido, com ambas as equipas a lutarem muito, mas anulando-se mutuamente. Por isso, o nulo assenta bem.

Filme e ficha de jogo

Os fogaceiros quiseram fazer mexer as coisas dentro das quatro linhas. Foram a equipa mais atrevida, enquanto que o Desp. Chaves, mais retraído, ia sustendo os ímpetos, embora ténues, dos visitantes. À meia hora, mesmo assim, o Feirense levava a melhor em cantos, com três, enquanto que o Chaves apenas tinha beneficiado de um. Esta estatística prova a postura de ambos os conjuntos em campo, com o Feirense, na verdade, um pouco mais atrevido, como foi dando provas dessa audácia, aos dois minutos a rematar à baliza sem efeito positivo. Depois aos 10 minutos, foi Crivelano a rematar forte, com a bola a sair por cima da trave. O brasileiro marcou mais tarde, ao minuto 28, mas o lance foi anulado por posição irregular de Valencia.

Aos 38 minutos gritou-se golo, desta feita do lado flaviense, mas foi pura ilusão de ótica. O remate de William foi travado em cima da linha pela atenção do guardião Brigido. Este foi, quiçá, o maior momento de emoção da primeira parte e talvez de todo o encontro.

O período complementar trouxe um Chaves diferente. Os comandados de Fernandes sentiram que tinham de fazer mais para conseguirem os três pontos. Não estranha que, mediante esta postura mais ofensiva, tenham sido várias as ocasiões de golo, mas aqui, a eficácia andou arredada das intenções dos locais. Aos 74 minutos, por exemplo, William teve nos pés a possibilidade de abrir o ativo, mas a bola saiu ao lado.

Depois, na resposta, logo no minuto seguinte, foi a equipa forasteira que respondeu bem, Marco Soares a obrigar António Filipe a defesa apertada. Outro momento de emoção aconteceu aos 86 minutos com o árbitro da partida a assinalar grande penalidade a favor dos locais, mas de pronto voltou atrás por mediação do VAR. Após este lance, bem tentaram ainda os flavienses, empurrados pelo público, chegar às redes contrárias, mas, os visitantes, contentes com o pono fora de portas, fecharam a área a sete chaves.

O apito final deixou os dois emblemas na mesma posição que estavam antes do arranque da partida: no fundo da tabela.