A Académica pôs fim à crise de vitórias, somando em Arouca três pontos bem preciosos para retomar a tranquilidade.

Num jogo disputado em ritmo médio, com muita chuva na primeira parte e um frio de rachar, o empate não destoava, mas o triunfo academista premiou dois bons lances individuais de Marcos Paulo e Salvador Agra e, sobretudo, a segurança de Ricardo, guarda-redes que demonstra estar entre os melhores da Liga portuguesa.

O Arouca bateu-se bem, criou ocasiões suficientes para, pelo menos, ter chegado ao empate, mas o poder fogo dos arouquenses nunca deu para desfeitear o seguro guarda-redes academista.

A Académica defendeu bem e jogou no erro do adversário: os dois golos da equipa de Coimbra surgem de lances iniciados por descompensações do Arouca.

A primeira parte teve caracaterísticas que apontariam para um empate ao intervalo.

O Arouca teve mais bola, maior domínio territorial, mas não conseguiu criar grandes oportunidades. Mesmo assim, Lassad esteve perto de abrir o ativo, corria já o minuto 40.

Era a equipa da casa quem mais procurava a felicidade, mas foram os visitantes que inauguraram o marcador. Marcos Paulo empurrou a Académica para o 0-1, terminando com longo jejum de golos do conjunto de Sérgio Conceição (desde 19 de janeiro que não marcavam um único golo).

O segundo tempo não foi, nas suas linhas gerais, muito diferente da primeira metade. Mais Arouca na atitude, na procura, na posse de bola, mas muito Ricardo a travar as investidas de Lassad, Pintassilgo, Ceballos e companhia.

Matreira, a Académica foi muito mais eficaz, ainda que tenha corrido menos que o Arouca. Se o 0-1 já parecia bem protegido, quando Salvador Agra fez o segundo aos 84, tudo ficou resolvido. Diogo Valente ainda fez o 0-3, mas isso já foi pela descrença do Arouca.