Este é um empate justo, mas que veste mal as duas equipas.

Na Amoreira, Estoril e Gil Vicente empataram esta tarde/noite a uma bola, em jogo da oitava jornada da Liga. Uma igualdade, repetimos, justa, mas que veste mal ambos os emblemas.

Porquê? Nós explicamos.

'Canarinhos' marcaram primeiro, mas foram castigados pela pressão gilista

A jogar em casa, o bem orientado Estori chegou cedo à vantagem: coube a Rui Fonte fazer as honras da casa, num golo de cabeça, o primeiro do avançado aos serviço da equipa canarinha.

O Gil, porém, respondeu bem. Perante a saída de bola apoiada da formação da casa, os gilistas responderam com pressão alta e acertada. Patrick William e Lucas Áfrico foram os mais visados nesse aspeto, e sofreram muito.

O desconforto da dupla de centrais estorilista era evidente, assim como o dos adeptos, que pediam a Bruno Pinheiro outro tipo de jogo. O treinador foi fiel às suas ideias e não cedeu.

Não que isso lhe tenha causado dissabores diretos – o Gil criou várias oportunidades de golo com recuperações em zonas altas –, mas o empate chegou mesmo, num lance em que Samuel Lino fez tudo bem, isto aos 42 minutos.

Não pôde habituar-se muito a este doce sabor de não estar a perder, no entanto. Nos descontos da primeira parte, André Franco castigou um penálti cometido de forma precipitada por Zé Carlos. 2-1 novamente.

Papéis invertidos

Na segunda parte, inverteram-se os papéis: ainda alguns adeptos se voltavam a sentar nas bancadas e já o Gil restabelecia novamente a igualdade. Samuel Lino voltou a deixar a cabeça dos adversários em água, mas desta vez coube a Fran Navarro aproveitar a sobra para marcar.

O empate, diga-se, era um resultado simpático para as duas equipas, mas nenhuma delas parecia contente com isso.

O Gil continuou a forçar o erro defensivo do Estoril, e só Gamboa, qual super herói, evitou a reviravolta dos de Barcelos, com dois cortes fundamentais em cima da linha de golo.

Do outro lado, os jogadores lançados por Bruno Pinheiro mexeram com os acontecimentos no relvado – com destaque para António Xavier, Romário Baró e Clóvis – e este último esteve perto de festejar, mas a bola, muitíssimo bem colocada, bateu no poste.

Daí o empate ajustar-se, mas assentar mal a duas equipas que nunca deixaram de procurar a vitória, mesmo perante, lá está, o conforto que dava, e dá, o ponto conquistado.