De forma atabalhoada, sem as qualidades técnicas de uma cambalhota artística, mas suficiente para valer o triunfo. O Sp. Braga venceu em casa o Portimonense (2-1) num jogo em que esteve a perder por um largo período de tempo, dando a volta ao marcador em apenas dez minutos.

Sétimo triunfo consecutivo dos guerreiros em casa a pressionar águias e dragões, no caso dos azuis e brancos um par de minutos depois da perda de pontos nesta jornada, deixando o Benfica, com um jogo a menos, a três pontos de distância. Tal desiderato foi conseguido com Borja e Sporar no onze inicial.

Depois do golo de Aylton ainda na primeira parte a resposta foi dada por por outro reforço, Piazon, cabendo a Ricardo Horta a tarefa de bater Samuel na marca dos onze metros, carimbando assim o triunfo. Noite desenxabida para o Portimonense, que desperdiçou várias oportunidades ainda no primeiro tempo.

Organização e critério

Na fuga aos últimos lugares da tabela classificativa, o Portimonense apresentou-se na pedreira de forma desinibida, com uma grande dose de organização defensiva e igual proporção de critério a lançar o ataque. Chegou ao intervalo a vencer pela margem mínima, mas podia até ter uma vantagem mais confortável, não fosse a inércia de Beto. Por duas ocasiões flagrantes o atacante esteve completamente isolado, mas primeiro permitiu a defesa a Matheus e depois empolgou-se com a facilidade cm que driblou Rolando e acabou por perder o tempo de remate.

Curiosamente foi o luso-guineense de 23 anos que fabricou o golo que colocou os algarvios em vantagem. Passou por Rolando em velocidade e passou com as pedidas certas para o coração da área para Aylton Boa Morte encostar para o fundo das redes. Golo redondo, foi a 600.ª vez que os algarvios marcaram no principal escalão do futebol português.

Quando ao Sp. Braga, dominou territorialmente em parâmetros como a posse bola, os remates ou os cantos. A equipa de Carlos Carvalhal assumiu as despesas do jogo, como se esperava, mas sem clarividência para ferir o Portimonense.

Cambalhota em dez minutos

Acentuou-se o domínio arsenalista na segunda metade, na corrida atrás do prejuízo. Ia gerindo, ainda assim, o Portimonense, tentando manter a bitola da primeira metade. Faltou, ainda assim, capacidade para sair tantas vezes.

Mesmo sem a consistência de outros jogos, o Sp. Braga passou para a frente num ápice, com dois golos no espaço de dez minutos. Piazon apontou um grande golo a restabelecer a igualdade aos 62 minutos, de fora da área, Ricardo Horta assinou a reviravolta no marcador na transformação de um penálti.

Rudes golpes para o Portimonense, que parecendo ter o jogo perfeitamente controlado acabou por sair derrotado da pedreira. Segue o seu trajeto o Sp. Braga, intrometendo-se entre Benfica e FC Porto.