Nacional e Belenenses encontraram-se na Choupana, num domingo de outono, sob a ameaça da chuva, para um jogo que chegou a ser morno durante alguns momentos, mas no qual faltaram os golos para aquecer definitivamente.

Dado o apito inicial, foi a equipa de Lisboa a primeira a dar sinal de perigo, através de um remate de Miguel Cardoso, que acabou por sair ao lado, mas no geral, era o Nacional quem se apresentava mais aguerrido nos primeiros minutos.

Aos 5minjtos, livre batido por Camacho, Riascos cabeceou para defesa de André Moreira. Na recarga, Pedrão atirou por cima. Volvidos os primeiros dez minutos, porém, os azuis reequilibraram a contenda, chegando algumas vezes ao último terço e deixando de sobreaviso a equipa madeirense.

O Nacional reagiu para tentar interromper o ímpeto do Belenenses, que semeava algum pânico na defensiva alvinegra, a espaços, com algumas incursões ofensivas. Rúben Micael fez um passe a rasgar a defensiva lisboeta, recebido por Rúben Freitas, que cruzou rasteiro, mas Riascos, o homem-golo deste arranque de temporada, não conseguiu chegar ao esférico.

Os minutos seguintes mostravam uma partida equilibrada, com algum ascendente caseiro, mas sem que os comandados de Luís Freire conseguissem aproveitar algum desgaste que os homens de azul pareciam evidenciar, dada a humidade e altitude na Choupana.

Mesmo assim, destaque para uma boa oportunidade para Rúben Lima, a surgir bem posicionado, para obrigar a uma defesa apertada de Daniel Guimarães. E do lado contrário, nova chance para Riascos, que voltou a não conseguir encontrar a bola.

Chegado o intervalo, encerrava-se uma primeira parte entretida, com alguns motivos de interesse, mas ainda sem golos.

Com o reatamento do encontro, o Nacional quase inaugurava o marcador, quando estavam decorridos apenas 20 segundos, mas o último passe continuava sem acertar com Riascos.

Todavia, depois de um par de boas ocasiões nos minutos iniciais do segundo tempo, a bola foi ficando mais afastada das balizas, até que a linha defensiva do Belenenses deu alguns calafrios, correspondendo, também, com algumas alterações na constituição da equipa alvinegra.

Foi depois disso, aos 70 minutos, que André Moreira teve mãos para um míssil de Riascos, numa situação de apuro para a defensiva da equipa de Petit, em que Azouni teve alguma felicidade para deixar a bola à mercê do colombiano.

O decorrer do jogo, à medida que se aproximavam os minutos finais, no entanto, tornou a evidenciar uma maior preocupação com as tarefas defensivas, pese embora algumas tentativas dos insulares para chegar à vantagem. Do lado dos visitantes, as dificuldades físicas não deixavam grande espaço para aventuras na frente de ataque, e só nos descontos se voltou a ver um ritmo mais frenético, mas quase sempre com mais coração do que cabeça.

Com o apito final, chegou ao seu término um jogo que teve momentos de interesse, com domínio evidente da formação insular, na globalidade, mas no qual ficou patente a falta de eficácia para encontrar o caminho das balizas.