O Rio Ave voltou a ser melhor do que o adversário - mas não com uma exibição tão de encher o olho - e desta vez voltou também a conquistar os três pontos. De forma justa, diga-se, e sem contestação. Futebol de qualidade, oportunidades de golo e, desta vez, concretizadas. Além disso, um João Novais em grande plano com um golo e uma assistência.
 
Três pontos na Amoreira diante de um Estoril com pouco futebol e também defensivo, sobretudo na primeira parte e quando precisava de ser mais atrevido. Sem ideias e mal a sair com a bola; uma série de apontamentos negativos. Já acontecia com Pedro Emanuel e repete-se com o interino Filipe Pedro.
 
Vem aí uma paragem, a Liga só volta a jogar-se no último fim de semana de novembro, e entretanto espera-se por algo melhor no Estoril: um treinador capaz de dar um valente pontapé numa crise acentuada e com dez derrotas consecutivas.
 
O último lugar é do Estoril há muito tempo (e agora em solitário) e espelha o que tem jogado (ou o que não tem conseguido jogar); já o Rio Ave é sexto, à condição, e aproxima-se dos lugares europeus, ainda que pelo que tem demonstrado já merecesse lá estar.
 
 
Na Amoreira, e pelo que a Liga leva de jornadas, esperava-se que o Rio Ave fosse superior ao Estoril e foi o que aconteceu. Com sinal mais positivo na primeira parte do que na segunda, mas foi. 
 
A equipa de Miguel Cardoso, que este sábado não teve Rúben Ribeiro e que contou com o regresso de Francisco Geraldes, que não jogou com o Sporting por ser emprestado pelos leões, foi superior em todas as fases do terreno e começou cedo a ameaçar a baliza de Moreira. Primeiro por Guedes, logo a abrir, e depois por João Novais numa série de bolas paradas e de iniciativas individuais.
 
Contudo, o Rio Ave só passou para a frente do marcador ao minuto 42 num remate fortíssimo de João Novais e depois selou o triunfo, também ao cair da segunda parte, por Guedes, que aproveitou o livre bem batido (mais um!) por João Novais e que parecia que ia direto à baliza.
 
Do outro lado, um Estoril cabisbaixo e a tentar o golo em pontapés de longa distância, quando conseguiu reagir bem ao contra-ataque, mas sem dar trabalho a Cássio. Fora isso, além da incapacidade a construir, o meio-campo e a defesa vila-condense souberam sempre antecipar-se e com isso não dar muito liberdade e oportunidades aos canarinhos.
 
A espaços houve alguma reação com Eduardo e Lucas Evangelista como os melhores do lado da formação da casa, e aqueles que mais tentaram assustar o guarda-redes do Rio Ave, mas sem sucesso. Muita apatia a contrastar com o que se tem passado nas bancadas: os adeptos do Estoril, incansáveis, parecem saber reagir melhor e cantam do início ao fim, apesar do momento delicado.