A FIGURA: Coates

É o grande patrão desta equipa do Sporting. A voz de comando e que se faz ouvir em todos os contextos: nos mais favoráveis e nos mais adversos. Além de irrepreensível defensivamente, decide jogos. E nesta sexta-feira decidiu mais um. Carácter.

 

O MOMENTO: golo de Coates. MINUTO 90+3

Menos de um mês depois de ter decidido na visita ao terreno do Gil Vicente com dois golos na reta final, o central uruguaio voltou a ser decisivo. Com tantos exemplos dados pelo Sporting nesta temporada, de jogos decididos a fechar, será leviano dizer que se adivinhava um empate. E hoje repetiu-se a história de em várias outras noites.

 

OUTROS DESTAQUES

Pedro Gonçalves: não marcava há precisamente um mês, desde que bisou na visita ao terreno do Marítimo. De lá para cá, foram quatro jogos em branco para o melhor marcador do campeonato. Mas o avançado leonino parece ser alheio a crises de confiança e a forma como assinou o 1-0 provou-o: remate cruzado rasteiro sem hipóteses para Marco. Continua a ser decisivo, mas está longe do fulgor demonstrado na primeira metade da época.

João Mário: boa ocupação de espaços para receber a bola e criterioso a libertar-se dela. O 1-0 também passou por ele. Num jogo em que o Sporting cumpriu os requisitos mínimos para terminar com os três pontos, entregou ao jogo aquilo que ele pedia: equilíbrio. Quando isso deixou de ser suficiente, desequilíbrio, como quando serviu Coates para o 2-1 final em tempo de compensação.

Tabata: formou, juntamente com Matheus Nunes, uma ala direita renovada em virtude das saídas de Porro (por lesão) e de Nuno Santos (que foi suplente). Não fez um jogo de encher o olho, mas envolveu-se razoavelmente bem sobretudo no corredor central e fez um passe recheado de classe para o golo de Pedro Gonçalves aos 23 minutos.

Lincoln: esteve muito envolvido no jogo. Sofreu faltas, fez faltas, ganhou muitos duelos e teve um contributo muito importante para os melhores períodos dos açorianos no jogo. Ocupou um raio de ação enorme, tendo sido visto recorrentemente em missões defensivas e no apoio ao ataque, do qual esteve mais perto após as substituições de Daniel Ramos na etapa complementar.

Rui Costa: foi lançado à meia-hora de jogo para o lugar do lesionado Cryzan e foi bravo na luta com o tridente defensivo do Sporting. Não parou um segundo em busca de um palmo de terreno onde pudesse receber a bola em condições, mesmo consciente de que, sem muito apoio, as hipóteses de sucesso seriam reduzidas. Ainda assim, marcou aos 84 minutos.