Feirense e Belenenses fizeram jus à condição atacante nesta Liga e não saíram do zero esta noite. Os dois piores ataques da prova não desataram o nulo de um duelo cuja monotonia só foi rompida nos instantes finais, mas que terminou como começou: 0-0 no marcador, um ponto para cada lado.

Aliás, seria tarefa e desafio interessante marcar esta noite. É que, com o 0-0 desta sexta-feira, Feirense e Belenenses somam, cada um, o quarto jogo seguido (!) na Liga sem marcar qualquer golo. Por outro lado, os fogaceiros mantêm-se como a melhor defesa: três tentos sofridos em sete rondas.

Nuno Manta alterou dois homens em relação à derrota em Moreira de Cónegos, subindo Edson Farias para extremo face à entrada de Mesquita para lateral. Luís Machado foi o sacrificado, enquanto Babanco rendeu o lesionado Crivellaro. Já Silas, manteve a confiança nos mesmos onze após o jogo com o Sp. Braga.

Mas o passar o tempo seria quimera no ímpeto de Feirense e Belenenses a cada baliza. Vontade muita, engenho escasso.

Feirense-Belenenses, 0-0: os destaques do jogo

Não foi por falta de vontade que o jogo não teve motivos de interesse. Houve, sim, incapacidade de, no último terço, dar seguimento a lances de ataque. Isso e mérito defensivo das duas equipas. Mais do Feirense, que sempre espreitou com mais afinco a baliza de Muriel.

O guardião, que comprometeu de sobra ante o Sp. Braga, voltou a fazer das suas e cedeu desnecessariamente um canto a que Briseño, na sequência, quase deu seguimento com golo (11m).

Para se perceber a inoperância ofensiva nos últimos metros, este seria o lance de maior frenesim até ao intervalo. O Belenenses não fez um remate à baliza e teve em Reinildo um homem inspirado no apoio ao ataque, travando também duelo intenso com Edson Farias. Já o Feirense teve mais cruzamentos e cantos, mas o nulo ao intervalo espelhava a escassez de ocasiões de golo.

Feirense-Belenenses, 0-0: filme e ficha do jogo

Mas se a primeira parte foi mais intensa, o reatamento trouxe um jogo mais monótono, sobretudo pelas constantes paragens até ao minuto 70, para assistir Vítor Bruno, Babanco, Licá e Gonçalo Silva. Jogo útil e espetáculo foram quase nulidade.

Ânimo, só nos últimos minutos. O Feirense, apesar de não dominar foi, tal como em quase todo o jogo, mais perigoso. As entradas de Luís Machado e João Silva espevitaram o jogo e a casa dos 80 minutos trouxe total emoção. Já Silas apostou em Ljujic, Zacarya e Henrique para os minutos finais, mas não houve qualquer proveito na mudança.

Primeiro, Edinho esteve à boca do golo, mas falhou a bola por centímetros. Na sequência, Luís Machado viu Gonçalo Silva opor-se, mas foi o minuto 88 a deixar água na boca: João Silva tabelou com Edinho e só o ferro impediu o golo num chapéu a Muriel.