Figura: Vinícius

8 jogos, 8 golos. Os números são claros e deixam poucas dúvidas. Resgatado em cima do fecho do mercado, era o avançado que o Rio Ave precisava. Deu imenso trabalho à dupla Júlio César-Felipe Lopes. Ofereceu mobilidade, arrastou marcações, abriu espaço para os companheiros (Diego Lopes que o diga), criou oportunidades, enfim. Jogou muito e bem. Coroou a exibição com dois golos e mostrou uma vez mais que qualidade não lhe falta.


Momento 89' Witi gela os Arcos

O 3-2 de Rochez fazia o Nacional sonhar. Contudo, ninguém esperaria que o empate fosse entregue pelo Rio Ave. individual do Rio Ave. Borevkovic tocou em Schmidt que foi desarmado por Rochez. O hondurenho desmarcou Witi que, num pontapé em jeito, bateu Leo Jardim e carimbou a igualdade final.

Outros destaques:

Fábio Coentrão: cabeça levantada, técnica refinada e muita inteligência. A idade trouxe-lhe conhecimento de jogo. O internacional português sabe que terrenos pisar e define quase sempre bem. José Gomes sabe o que Coentrão pode oferecer à equipa, por isso, colocou-o a jogar bem por dentro. E foi precisamente do pé esquerdo de Coentrão que saíram os lances mais interessantes de toda a primeira parte. Esteve no melhor – passe sublime a isolar Diego Lopes para o 1-0 – e no pior – ao permitir o desarme a Camacho que originou o golo insular. Pese embora tenha perdido fulgor na segunda parte, ainda tentou o golo (75’).


Camacho: foi dos poucos que repetiu a titularidade em relação à goleada sofrida frente ao Sp. Braga. E justificou a confiança de Costinha. Foi o melhor elemento do Nacional esta noite. Ganhou o duelo individual a Matheus Reis, ultrapassando-o várias vezes. Destaque para o roubo de bola a Coentrão e o remate traiçoeiro que permitiu a Gorré igualar a partida (24’).


Daniel Guimarães: atento, destemido e seguro. Fez tudo o que podia para manter o Nacional na discussão do resultado, embora os restantes companheiros, especialmente os do sector recuado, não o tenham acompanhado devidamente. Como no lance do 3-1 a favor do Rio Ave, quando travou o remate de Vinícius, mas a demora de Felipe Lopes permitiu o golo ao brasileiro vila-condense. Na retina ficaram as defesas a dois remates de Galeno ainda no primeiro tempo.

Witi: conquistou um penálti que permitiu o 3-2 ao Nacional e, em cima do apito final, carimbou o empate. Os trinta minutos que esteve em campo são fáceis de resumir. Aposta em cheio de Costinha.

Schmidt: cumpriu, sem deslumbrar. Dá sempre a impressão que joga a um ritmo demasiado baixo, o que o torna uma presa fácil para a pressão contrária. Foi assim no lance que deu origem ao 3-3 final, com Rochez a tirar-lhe a bola e a assistir Witi.