Três meses depois o Nacional da Madeira voltou a pontuar fora de portas (2-2). Os insulares estiveram a vencer por duas ocasiões em Moreira de Cónegos, ameaçaram entrar em processo de reanimação, mas o máximo que conseguiram foi um paliativo para as derradeiras jornadas da Liga.

Último classificado há uma série de jornadas, a quem o diagnóstico já foi amplamente vaticinado, ainda que sem assinatura, a verdade é que nos minutos em que esteve a vencer em Moreira de Cónegos o conjunto de Manuel Machado levou uma espécie de choques elétricos que fizeram olhar para a classificação com outros olhos.

Empatou das duas vezes o Moreirense, quase alheado do jogo, parecendo não acreditar nas hipóteses que ainda tem de arrecadar o último lugar europeu. Começaram por ser as bolas paradas a mexer com o jogo, acabaram por ser os cruzamentos da esquerda a decidir.

Bolas paradas animam arranque morno

Apesar de ainda terem em cima da mesa objetivos palpáveis, mas com margem de erro reduzida, a realidade é que Moreirense e Nacional não impuseram ao jogo um ritmo estonteante. Foi precisamente o contrário. Embate calculista, poucas arrancadas e pouco risco de parte a parte.

Valeram as bolas paradas para animar um jogo morno. David Simão abriu as hostilidades nos instantes iniciais ao atirar ao ferro na sequência de um canto batido à maneira curta, ficando próximo de um grande golo. Já antes disso tinha obrigado António Filipe a fazer uma defesa apertada.

Depois de avisar, tendo um golo anulado por fora de jogo na sequência de um livre, o Nacional adiantou-se mesmo no marcador. Vigário bateu o livre, infortunado Filipe Soares ao tentar o corte desviou para a sua própria baliza e levou o Nacional a vencer para as cabines a escassos minutos do intervalo.

Bancos a render

Foi mais entretido o segundo tempo, mais que não seja pela marcha do marcador. O Moreirense empatou, também num lance de bola parada construído pelos centrais, em que Ferraresi recarregou um livre de Abdoulaye.

Apenas dois minutos de ser lançado em jogo Rochez voltou a dar esperança ao Nacional, mas o banco do Moreirense também rendeu. André Luís foi a aposta de Vasco Seabra que voltou a igualar o encontro, correspondendo da melhor forma a um cruzamento de Conté, também da esquerda.

Voltou a ser uma equipa incómoda o Moreirense, que não se deixa bater em casa. Mas, também não ganha. Vasco Seabra só tem mais uma oportunidade para ganhar no Comendador Joaquim de Almeida Freitas. O Nacional olhou para a tona da água, mas não conseguiu dar o impulso e continua mergulhado no fundo.