Entre Estoril e Nacional continua tudo igual, mas com a diferença de um pontinho a mais. As duas equipas empataram este domingo a uma bola e somam ambas 15 pontos na Liga, resultado de quatro vitórias, três empates e cinco derrotas.

Não foi um jogo mal jogado, mas teve pouca história, e o empate assume-se como um resultado justo.

Mas vamos por partes.

Na primeira, foi o Estoril que entrou melhor e ameaçou a baliza defendida do Nacional em algumas ocasiões. Gerso foi o mais empenhado em chegar ao golo, fez o primeiro remate, logo aos quatro minutos, e pouco depois num bom trabalho individual voltou a chutar a bola para Rui Silva segurar.

Bonatini seguiu-lhe os passos, tal como Dieguinho, aos 37 minutos, que dispôs da melhor ocasião. O extremo desmarcou-se bem, recebeu a bola de Bonatini e entrou na área para o remate. Rui Silva surgiu no lance e Dieguinho foi ao chão. O árbitro assinalou bem falta ofensiva, mas não se livrou da contestação do banco canarinho.

Do lado do Nacional, sem chegar tanto à baliza de Kieszek, valeu Salvador Agra, que foi quem verdadeiramente assustou os canarinhos. O extremo direito dispôs de alguns livres de longa distância e aos 15 minutos de bola corrida levou-a com estrondo à barra da baliza. Recebeu de costas, rodou sobre um adversário e chutou quase certeiro à entrada da área.

Sem golos chegou-se ao intervalo. De forma justa, até.

O JOGO, AO MINUTO

Na segunda metade, Manuel Machado sabia que era preciso mais para pontuar na Amoreira e por isso fez sair Witi, colocando Luís Aurélio em campo. Uma substituição que se revelou certeira e que fez bem ao jogo, já depois de uma excelente oportunidade que Rui Correia tirou a Dieguinho, numa jogada bem combinada com Bonatini.

Aos 55 minutos, Luís Aurélio cruzou para Sequeira, Kieszek adiantou-se, mas não agarrou bem a bola e Salvador Agra apareceu de surpresa para rematar certeiro à baliza. Estava feito o 0-1 no marcador.

À procura do empate, o jogo mudou para o Estoril, que se revelava menos pressionante do que na primeira metade. Fabiano Soares fez então entrar Chaparro e Babanco, para os lugares de Mattheus e Matheuzinho, mas quase nada de novo.

Mais perigo para a baliza de Rui Silva, é certo, mas sem se chegar ao golo. Depois disso a melhor oportunidade aconteceu aos 70 minutos quando Gerso tentou o remate, mas Zainadine cortou na hora certa.

Já do outro lado, muito mais perigo e um Nacional à procura de aumentar o resultado. Salvador Agra, aos 62 minutos e aos 79, esteve perto de bisar. No primeiro lance ainda pediu grande penalidade, pela bola ter batido num adversário, mas foi na cabeça e não na mão, no segundo o esférico passou ao lado da baliza de Kieszek.

A vitória do Nacional já parecia por isso segura, mas quem não marca sofre e os minutos finais trouxeram um Estoril mais capaz de chegar ao empate. E assim foi.

Muita pressão na área do Nacional, primeiro com Gerso a entregar o golo que ninguém quis aproveitar e depois, aos 87 minutos, com Bonatini finalmente a marcar de pé quente, após passe atrasado da direita.

Nos descontos, com o empate a dar outras garantias e motivado pelo forte apoio nas bancadas, o Estoril ainda esteve perto da vitória. Gerso surgiu bem no coração da área, mas Zainadine cortou no momento certo e segurou o empate. Justo, diga-se.