Pela segunda vez desde que Julen Lopetegui é treinador do FC Porto, os dragões têm um ciclo de três jogos consecutivos sem vitórias.

O primeiro ocorreu na época passada, numa fase ainda inicial. 

A 21 de setembro de 2014, o FC Porto cedeu um nulo na receção ao Boavista; cinco dias depois, os dragões foram empatar 1-1 a Alvalade; quatro dias mais tarde, nova igualdade, desta vez na visita ao Shakhtar Donetsk, 2-2. 

Não é difícil perceber que as circunstâncias atuais são mais danosas. E perturbadoras.

Primeiro, porque esta é a segunda temporada do treinador no clube e o calendário já vai em janeiro, praticamente a meio do percurso de 2015/16; depois, porque ao contrário do ciclo anterior, neste há duas derrotas a lamentar pelo FC Porto, além de um empate profundamente castrador.
 

A 29 de dezembro, os dragões estiveram a perder por 0-3 em casa, contra o Marítimo, e marcaram um golo em cima do apito final; a 2 de janeiro, visita a Alvalade e derrota por 2-0, com a perda da liderança; a 6 de janeiro, 1-1 frente a um Rio Ave sem vários titulares.

Em pouco mais de uma semana, o cenário tornou-se dramático para Julen Lopetegui e o FC Porto. O discurso do treinador, até há pouco tempo suportado por números interessantes, vai agora ter sofrer uma mutação importante.

À 16ª jornada, comparando com a época anterior, o FC Porto tem os mesmos pontos (37), mas menos oito golos marcados (31 contra 36) e mais dois sofridos (oito contra dez).

Na classificação, curiosamente, o cenário não é tão mau: o FC Porto está a quatro pontos do Sporting, quando o ano passado estava a seis do Benfica.