O guarda-redes Quentin Beunardeau decidiu avançar com rescisão unilateral do contrato com o Desportivo das Aves, alegando salários em atraso.

De acordo com o comunicado, divulgado pela empresa de comunicação que trabalha com o atleta, existe uma situação de incumprimento total com alguns jogadores, mas parcial com outros, que assim terão recebido algumas verbas.

No caso de Beunardeau, e da generalidade do plantel, são três os meses de salários em atraso, mais prémios de jogos.

«É com enorme tristeza que me despeço dos adeptos do Desportivo das Aves. Foi um prazer enorme representar este clube e esta cidade e só tenho palavras positivas para a massa associativa. Infelizmente, dada a situação de incumprimento que é de conhecimento público, não tive outra solução que não fosse apresentar a minha rescisão. Sempre tentei colocar o clube e os seus interesses à frente dos meus e recusei alguns convites de outras equipas para continuar esta temporada no Desportivo das Aves, clube com o qual me identifiquei desde a primeira hora. Porém, considero que atingimos um ponto sem retorno, a total insustentabilidade da SAD, e tenho de fazer valer os meus direitos como trabalhador neste momento. Desejo que, quando a competição voltar, jogadores e equipa técnica encontrem os meios para salvar o Aves da despromoção pois o lugar deste clube é entre os maiores do futebol português. Agradeço a todos, dos adeptos aos colegas de equipa e equipas técnicas com quem trabalhei, o seu apoio desde que aqui cheguei que muito facilitaram a adaptação a um novo país», refere o guarda-redes francês na mensagem de despedida.

De acordo com o jornal «Público», Beunardeau reclama 177 mil euros de vencimentos por liquidar, para além de 15 mil euros em prémios.