Na homenagem a José Maria Pedroto, em noite que lembrou o mítico treinador do FC Porto, a propósito dos 30 anos da sua morte, Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente portista, não conteve a emoção.

O dirigente participou nesta iniciativa de homenagem ao ex-técnico, que se realizou no Instituo Superior da Maia, e perante um auditório repleto emocionou-se quando falava do caráter humano de Pedroto.

«Foi um lutador incansável, até na doença que sofreu. Tinha um lado humano e um enorme sentido de família», disse Pinto da Costa, até o embargar da voz o obrigar a parar por momento, para depois retomar. «Homens como Pedroto fazem falta em Portugal».

Pinto da Costa recordou a forte personalidade de Pedroto, referindo a rivalidade com os emblemas de Lisboa. «Era um homem de coração, causas e paixões. Nortenho a 100 por cento, combatia o centralismo de forma clara. Hoje, se fosse vivo, tenho a certeza que o faria, mas não posso partilhar o que dizia ou ainda levava um processo disciplinar», ironizou.

Nesta tertúlia marcaram presença vários ex-jogadores que foram orientados, no FC Porto, por José Maria Pedroto, como Rodolfo Reis, Fernando Gomes, João Pinto ou Lima Pereira, assim como vários dirigentes, como Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto.

Dos clubes que o técnico também trabalhou, Álvaro Braga Júnior representou o Boavista e Júlio Mendes e o técnico Rui Vitória representaram o Vitória de Guimarães

Como treinador, Pedroto foi campeão com o FC Porto em 1977/78 e 1978/79 e conquistou a Taça de Portugal cinco vezes, três com o FC Porto (1967/68, 1976/77 e 1983/84) e duas com o Boavista (1974/75 e 1975/76).