A FIGURA: Brahimi

O internacional argelino conjuga talento e irreverência. Está em dois golos dos ‘dragões’ na partida: cobra o livre que dá origem ao golo de Danilo e faz o terceiro de grande penalidade. Começou na esquerda, mas inúmeras foram as vezes em que deambulou por toda a frente de ataque dos ‘portistas’, revelando-se o maior desequilibrador do ataque ‘portista’. Quando coloca o seu talento ao serviço do coletivo, a qualidade de jogo da sua equipa sobe exponencialmente. Sob fortes aplausos, saiu para dar o seu lugar a Diogo Jota a dez minutos do final.

O MOMENTO: quebrado o enguiço nos pés de Danilo

A equipa de Nuno Espírito Santo ainda não tinha conseguido fazer golos ao conjunto de Bélem na presente época. E o jogo, monótono, corria de feição ao Belenenses que demonstrava ser, uma vez mais, um ‘osso duro de roer’. Até que, um míssil de Danilo quebrou o muro erguido pela equipa do Restelo. Brahimi cobrou o livre para o coração da área, André Silva amorteceu de cabeça para o internacional português que após dominar a bola, atirou com estrondo para o fundo das redes de Cristiano. Primeiro golo dos azuis e brancos contra a equipa de Quim Machado esta temporada, primeira vitória.

Outros destaques:

Danilo

Não atravessa o melhor momento, mas ainda assim é fundamental na equipa de Nuno Espírito Santo. Sempre bem posicionado, recuperou inúmeras bolas evitando que o Belenenses saísse em contra-ataque. Deu um pontapé na monotonia do jogo aos 37m ao atirar um míssil para o fundo da baliza de Cristiano após assistência de André Silva. Dessa forma, apontou o seu 4º golo da temporada e abriu início à vitória dos ‘dragões’.

Yebda

Uma das novidades no onze do Belenenses, o médio argelino ganhou praticamente todos os duelos a meio-campo. Nunca se escondeu de jogo e funcionou como o elo de ligação entre a defesa e o ataque. Boa exibição do camisola 23 .

Domingos Duarte

Exibição de luxo do central emprestado pelo Sporting. Muito seguro, limpou grande parte dos lances de perigo dos azuis e brancos. Destaque para o lance em que tirou um golo cantado a Óliver, em cima da linha de golo. A falta sobre Brahimi dentro de área foi a única mancha na exibição do defesa da formação do Restelo.

Maxi Pereira

Moralizado depois do golo na última ronda, funcionou como uma espécie de vaivém no corredor direito da equipa azul e branca. Com André Silva a juntar-se a Soares na frente de ataque, é necessário que alguém dê largura e profundidade à sua equipa e Maxi correspondeu. Dos seus pés saíram as melhores oportunidades dos ‘dragões’, embora os colegas teimavam em desperdiçar. Exibição muito positiva.

Soares

Embora tenha revelado algum desacerto e precipitação na hora de finalizar, apontou o golo da tranquilidade dos portistas e terminou com a seca de golos que durava desde a visita a Arouca. Os golos de Tiquinho são sinónimos de vitórias do FC Porto: desde que chegou ao Dragão sempre que não marcou a sua equipa não venceu.

Boly

Muito faltoso no início da partida, ganhou confiança e melhorou com o decorrer dos minutos. Muito rápido e forte no jogo aéreo anulou por completo Abel Camará, o homem mais adiantado do conjunto de Belém.