Duelo rijote e interessante, com o Rio Ave a começar melhor e o Portimonense a equilibrar depois. A emoção que as oportunidades de golo provocam andou várias vezes próxima das duas balizas e a eficácia acabou por fazer a diferença. Eficácia e classe de Bruno Moreira, acrescente-se.

No Portimonense, Folha efetuou duas alterações em relação ao jogo com o Santa Clara, saindo do onze Jadson, expulso na partida com os açorianos, e Dener, que está lesionado. Entraram Henrique, uma estreia absoluta na principal equipa algarvia - apenas tinha sido utilizado nos sub-23 - e Paulinho regressou à titularidade, após três jogos arredado desse estatuto. No relvado, o 4x3x3 derivava muitas vezes para o 4x4x2, com Paulinho a encostar em Jackson Martinez.

Daniel Ramos mudou três em relação ao empate caseiro do Rio Ave com o Tondela: Buatu, Jambor e João Schmidt (que já não faz parte do plantel, estando agora no Nagoya Grampus, do Japão) foram substituídos no onze inicial por Ruben Semedo e Filipe Augusto - reforços que entraram na reabertura do mercado em janeiro e que fizeram os primeiros minutos com a camisola do Rio Ave - e Diego Lopes.

FILME E FICHA DE JOGO

O Portimonense andou a primeira quinzena de minutos a ver o Rio Ave jogar, em trocas de bola consistentes e em progressão, conseguindo colocar a baliza defendida por Ricardo Ferreira em situações complicadas. Galeno, por duas vezes ao minuto 7, teve o golo nos pés: na primeira tentativa o guarda-redes defendeu para canto e na sequência o remate de fora da área passou perto da barra. Cinco minutos depois num livre frontal, Filipe Augusto atirou contra a barreira.

Houve depois uma mudança no controlo das operações, com os algarvios a assumirem o comando, muito à custa de maior velocidade pelos flancos, principalmente o esquerdo, com o estreante Henrique a mostrar serviço a atacar. Faltou eficácia ao Portimonense para finalizar as oportunidades de que dispôs. Neste capítulo, destaca-se um cabeceamento de Jackson Martinez à barra, com o colombiano depois a recargar e a ver Diego Lopes desviar para canto.

E foi contra a corrente que o Rio Ave chegou à vantagem, num golo de antologia de Bruno Moreira, que de calcanhar deu o melhor seguimento a uma boa jogada de entendimento coletivo, que envolveu Galeno, Diego Lopes e Matheus Reis, que fez a assistência.

Até ao intervalo o Portimonense intensificou o assalto à baliza  de Leo Jardim, mas faltou acerto nos remates de Paulinho e Tabata, este por duas vezes, com a última a ser desviada pelo guarda-redes, evitando um remate que ia bem direcionado.

Os algarvios reentraram para a segunda-parte com a mesma vontade em reverter a história, mas embateram no muro vilacondense e se que as ações ofensivas tivessem correspondência em reais ocasiões de perigo. Apenas por uma vez Leo Jardim teve que intervir de forma mais assertiva, ao desviar um cruzamento rasteiro de João Carlos que ia ser desviado facilmente para golo por Jackson Martínez.

O árbitro Hélder Malheiro foi irritando os algarvios, que se queixaram de dualidade de critérios na avaliação dos lances e isso acabou por refletir-se em campo, com Paulinho a ver o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão, por protestos. E Folha, durante o jogo, também perdeu dois adjuntos pelos mesmos motivos.

Com menos um, o Portimonense sentiu mais dificuldades e o Rio Ave aproveitou para efetuar transições rápidas - com os algarvios adiantados no terreno à procura do empate - e Gabrielzinho podia ter alargado a vantagem.