Dois jogos, duas vitórias. A retoma do campeonato para o Famalicão tem sido 100 por cento vitoriosa. Depois de bater em casa o FC Porto, foi a Barcelos vencer o Gil Vicente e colou-se ao Sporting (com menos um jogo) no quarto lugar. Em sentido contrário estão os galos, que depois de terem perdido em Portimão, voltaram a perder, desta vez em casa.

Fábio Martins, que já havia marcado aos dragões, voltou a fazer o gosto ao pé e abriu o marcador.  Diogo Gonçalves ampliou a vantagem e Hugo Vieira, lançado no segundo tempo, marcou pela primeira vez no regresso ao Gil Vicente. A fechar, Edwin Vente, que não teve um regresso feliz à competição, marcou na própria baliza e fechou o placard em 1-3.

Vítor Oliveira fez quatro alterações em relação ao jogo com o Portimonense. Ygor Nogueira, Baraye, Claude e Ruben Ribeiro deram o lugar a Edwin Vente, João Afonso, Arthur e Lourency. Já João Pedro Sousa trocou três jogadores que alinharam de início na vitória sobre o FC Porto. Rafael Defendi - teve um teste inconclusivo à Covid19 -, Neuhen Pérez e Aléx Centelles cederam o lugar a Vaná, Patrick William e Riccieli.

Os gilistas já não ganham em casa há três jogos (três derrotas e um empate), depois de uma primeira volta imaculada. Já os famalicenses já não venciam fora há quatro encontros.

A primeira metade do encontro pertenceu por inteiro aos famalicenses. Os gilistas esqueceram-se que o campeonato já regressou e quase não existiram no primeiro tempo. A formação orientada por João Pedro Sousa entrou a dominar, fazendo circular o esférico com paciência até arranjar uma brecha na defensiva local.

Depois de uma primeira ameaça, o Famalicão abriu mesmo o marcador. Depois de uma perda de bola de Alex Pinto, Toni Martinez entrou na área pela esquerda e foi rasteirado em falta por Edwin Vente. Falta clara que Hélder Malheiro assinalou de pronto. Na conversão, o capitão Fábio Martins enganou Denis e abriu o placard.

O Gil Vicente tentou pegar no jogo, mas a boa organização da defensiva forasteira não permitia veleidades. Ainda assim, os galos podiam ter chegado ao empate. Alex Pinto surgiu na cara do golo e entregou o esférico a Sandro Lima. Contudo, o passe saiu com muita força e o avançado brasileiro não conseguiu dominar o esférico, quando tinha a balia completamente escancarada.

Responderam os de Famalicão e foram bem mais eficazes. Tal como sucedeu no primeiro golo, primeiro avisaram e depois marcaram mesmo. Rúben Lameiras, na esquerda, colocou o esférico no coração da área onde Fábio Martins rematou para uma excelente defesa de Denis. Pouco Depois, Toni Martinez voltou a entrar na área pelo lado esquerdo e cruzou atrasado para o remate de primeira de Diogo Gonçalves, que só parou no fundo das redes.

Vítor Oliveira não gostava do rendimento da equipa e, para a segunda parte, lançou o extremo Lino, para o lugar de Arthur Henrique. O descanso fez bem à turma de Barcelos que entrou mais afoita para o segundo tempo. No entanto, os gilistas tentavam fazer tudo muito depressa e quase sempre mal. O esférico rondava a área famalicense, mas quase sempre sem perigo. Os visitantes, mais na expetativa, saiam em ataque organizado e, das poucas vezes que iam à área contrária, criavam quase sempre perigo. Ainda assim, o resultado foi-se mantendo inalterado.

Começou, então, a dança nos bancos. O treinador do Gil Vicente utilizou as cinco substituições permitidas nesta fase do campeonato e acabou por ter sorte. Saído do banco, o ‘pequeno’ Hugo Vieira saltou mais alto que os centrais forasteiros e, de cabeça, reduziu o marcador, relançando a esperança barcelense. Até ao final, os barcelenses continuaram a tentar chegar ao empate, mais com o coração do que com a cabeça, mas num contra-ataque o Famalicão matou o jogo. Num cruzamento da direita, Edwin Vente escorregou na hora de cortar o esférico e acabou por fazer auto-golo, selando o resultado.