Regresso em cheio do Portimonense à elite do futebol português, com uma vitória (justa, diga-se) sobre o Boavista. Os nortenhos foram mais passivos mas adiantaram-se no marcador e tentaram gerir depois com muito gelo. Conseguiram-no até ao golo do empate do Portimonense, que aqueceu depois para uma exibição competente e com alma, derretendo atitude fria e gélida do adversário.

Confira a FICHA DO JOGO

Com esquemas idênticos - 4x3x3 - o Portimonense teve mais bola no início, mas sem conseguir penetrar na defesa contrária. O Boavista foi-se soltando aos poucos e com uma quinzena de minutos o jogo já estava dividido. Mas lances de golo, nem vê-los.

Mas não demorou muito para surgir agitação, primeiro para a equipa algarvia, com Paulinho a rematar à malha lateral aos 21 minutos, e no minuto seguinte para o Boavista, aqui com consequências: Rochinha recebeu a bola num mau alívio de  Lucas Possignolo e arrancou área adentro para rematar com êxito.

O golo afetou a equipa algarvia que passou a ter dificuldades em circular a bola e em aproximar-se da baliza de Vagner. Com o jogo perfeitamente controlado e a jogar com o relógio o Boavista deixou correr o tempo sem grandes confusões até ao intervalo. Mais experiente e matreiro, e para a coisa estar bem controladinha, até nem se atreveu depois a arriscar...

E assim continuaram os primeiros minutos da segunda metade com o rebuliço a surgir num lance de bola parada: canto da esquerda, marcado por Ricardo Pessoa, desvio de Wellington com o joelho, com Ruben Fernandes a finalizar. Foi um regresso em grande do central a Portimão. E que fez a sua equipa acreditar na reviravolta.

O golo, que Nuno Almeida validou depois de consultar o vídeo-árbitro, agitou tudo: as bancadas - registaram-se confrontos entre os adeptos do Boavista e do Portimonense - e a equipa algarvia, que tornou-se mais afoita e incisiva nas ações atacantes, com boa circulação de bola e descobrindo facilmente caminhos nos flancos para investir.

A recompensa do atrevimento algarvio apareceu perto do final, com uma finalização perfeita de Tabata num remate cruzado, que deu a melhor sequência a uma arrancada de Manafá. O estádio explodiu de alegria e os jogadores do Portimonense aguentaram o resultado até ao fim com grande determinação, numa vitória justa, principalmente pelo superioridade vincada na segunda-parte.