Não vencia em casa desde 2 de janeiro - 2-0 ao Benfica - e fê-lo de novo de forma retumbante este domingo: o Portimonense goleou o Nacional, num jogo com muitas oportunidades de golo, que teve de volta as letais transições rápidas dos algarvios e mostrou as fragilidades que a defesa madeirense tem mostrado ao longo deste campeonato.

Pontaria afinada do Portimonense, que construiu uma margem folgada de três golos de vantagem até ao intervalo, marcando em metade das situações de perigo que construiu: além dos golos, os algarvios desperdiçaram outras três ocasiões claras: uma por Tabata logo aos cinco minutos, Jackson Martínez viu Daniel Fernandes agarrar a bola em cima da linha aos 20’ e atirou ao lado numa grande penalidade, a acabar o primeiro tempo.

Além da eficácia do Portimonense, a forma desastrada como o Nacional defendeu também ajudou a cavar o fosso, que começou num autogolo de Júlio César.

Os madeirenses até foram a equipa mais perigosa nos primeiros vinte minutos, respondendo com duas situações à maior posse de bola e controlo da equipa de António Folha: aos sete minutos, num remate de Mauro Cerqueira fora da área que Ricardo Ferreira defendeu e aos 16’, com o guarda-redes a efetuar uma grande parada, num remate de Palocevic.

Os madeirenses eclipsaram depois desses lances e até ao intervalo viveram momentos de temor, com os algarvios a marcarem por três vezes e a falharem duas das três oportunidades acima descritas.

Portimonense-Nacional: a ficha e o filme do jogo

Em relação aos golos, o primeiro aconteceu num lance infeliz de Júlio César, que se antecipou a Jackson Martínez, mas desviou com o peito para dentro da sua baliza. O 2-0 surgiu após um passe longo de Lucas Possignolo, que colocou em Jackson Martínez, com o colombiano a atrasar de calcanhar para o primeiro golo de Lucas Fernandes no campeonato. O terceiro dos algarvios foi de Paulinho, numa grande penalidade confirmada pelo vídeo-árbitro. Antes do descanso, Jackson falhou uma grande penalidade e Rashidov viu um golo anulado por alegada carga sobre Rúben Fernandes.

O Nacional reentrou com vontade de mostrar mais e forçou sobre a defesa algarvia, conseguindo reduzir num cabeceamento de Hamzaoui, a cruzamento de Witi.

Com o jogo aberto, o Portimonense encontrou espaço e em transições em velocidade partiu para a goleada, que poderia ter contornos maiores, se Daniel Fernandes não estivesse em tarde inspirada.

O quarto golo, apontado por Aylton Boa Morte, surgiu em momento oportuno: três minutos após o do Nacional. Antes de Jackson Martínez marcar o 5-1, Daniel Fernandes impediu por duas vezes mais festejos algarvios. Já após o tento do colombiano, à entrada para o período de descontos, o segundo cartão amarelo a Kalindi deixou o Nacional com dez e Lucas Fernandes viu o sexto golo da equipa bater no poste direito da baliza madeirense.

O Portimonense regressou de forma distinta às vitórias e a diferença no marcador até poderia ter sido mais alargada, dadas as oportunidades. Pela facilidade com que criou situações de finalização e pelos erros insulares cometidos, até pareceu natural a goleada.