A noite estava fria e ventosa, o jogo também não dava mostras de poder aquecer, arrastando-se até aos 35 minutos num desinteressante 0-0.
 
Mas estava lá o egípcio goleador: Hassan, estranhamente relegado para o banco na maior parte dos jogos do Rio Ave esta época, justificou em pleno a titularidade e abriu o livro. Dois golos em quatro minutos, Hassan a abrir caminho a um triunfo claro e tranquilo dos vilacondenses, agravando ainda mais a situação da Académica de Paulo Sérgio.
 
Apenas 96 horas depois do empate 2-2 com o Steaua (que ao mesmo tempo permitiu ao Rio Ave pontuar pela primeira vez na fase de grupos, mas afastou os vilacondenses de mais ainda altos voos na prova), Pedro Martins optou por algumas alterações no onze, tentando assim reduzir o impacto de desgaste físico.  
 
VEJA O AO VIVO DO RIO AVE-ACADÉMICA
 
Cássio voltou à baliza; Vilas Boas, Marvin e Hassan foram titulares; Prince, Del Valle e Esmael começaram no banco. 

As mudanças até fizeram bem ao Rio Ave, sobretudo lá na frente: o egípcio, motivado pela oportunidade, voltou a provar que é, de longe, o melhor concretizador do plantel vilacondense, e chegou ao quinto golo na conta pessoal no campeonato (depois do hat-trick ao Estoril e do tento ao Penafiel).

Até ao 1-0, o empate até parecia resultado aceitável. Mas os golos do egípcio fizeram a Académica desacreditar nas suas próprias possibilidades: e tudo ficou mais simples para a equipa da casa.

Ainda havia meia hora, mas nem assim

O quadro muito favorável para a equipa da casa quando se chegou ao intervalo (2-0 e adversário sem chama) fazia adivinhar uma segunda parte relativamente tranquila para a equipa da casa.

E foi mais ou menos isso que se passou. O Rio Ave até podia ter chegado ao 3-0 mais cedo, através de um remate de Ukra na cara de Cristiano e de mais ou outro bom lance ofensivo.

A Académica agrava a sua crise, mas até esteve perto do 2-1, pertíssimo mesmo: ao minuto 60, Obiora apareceu isolado, mas não fez melhor do que oferecer a bola a Cássio.

Um golo academista dava meia hora de esperança ao conjunto de Paulo Sérgio. Assim, acabou por ser o Rio Ave a aproveitar, com belíssima arrancada de Ukra, para o 3-0. 

VEJA A CLASSIFICAÇÃO AO FIM DA 10.ª JORNADA

Os últimos minutos da partida foram de gestão vilacondense (saíram Diego Lopes e Wakaso, entraram Bressan e Abalo) e de depressão academista (pela iminência de mais uma derrota e, desta vez, pesada).

Sobreviverá Paulo Sérgio a mais esta derrota?