De regresso à equipa, o capitão William Carvalho indicou o caminho da vitória aos reféns de Bas Dost. Só ao minuto 78 é que os adeptos leoninos conseguiram festejar um golo (válido), mas o nervosismo natural que invadiu as bancadas, acentuado por alguns lances com interferência do VAR, era perfeitamente evitável.

Ainda que Caio Secco tenha assumido um protagonismo incontornável, com inúmeras intervenções relevantes a segurar o empate para o Feirense, o caudal ofensivo do Sporting deveria ter sido suficiente para gerar mais golos. Mesmo tendo em conta que Fredy Montero ainda fez um segundo golo. E neste sentido há que destacar a falta de eficácia da equipa leonina, uma vez mais privada de Bas Dost.

Jorge Jesus já tem assumido este problema, de resto, e desta vez decidiu juntar Montero a Doumbia, com Bruno César e Bryan Ruiz na ala esquerda, por força dos castigos de Coentrão e Acuña.

O Sporting começou cedo a criar perigo, e nunca sentiu propriamente dificuldades para chegar à zona de definição, mas precisou um número incrível de oportunidades claras (claras mesmo!) para chegar ao triunfo. Mais de uma dúzia, seguramente.

O exemplo maior será uma ocasião desperdiçada por Doumbia, ao minuto 14, em que o demérito do avançado parece bem maior do que o mérito de Caio Secco, que já parecia ultrapassado.

O avançado marfinense até festejou um golo ao minuto 19, mas posteriormente anulado por Luís Ferreira após recurso ao VAR, num lance em que o debate até incidirá mais no tempo que a “cassete recuou” do que propriamente na infração.

O Sporting protestou ainda um penálti de Tiago Silva (32m), e depois viu Luís Ferreira assinalar uma mão de Flávio na área que o VAR corrigiu, já que a bola bate na cabeça do central (45m).

Sem esquecer que já na segunda parte a equipa leonina teve ainda um golo anulado por fora de jogo a Gelson, devidamente assinalado pelo árbitro auxiliar.

Pelo meio acumularam-se as oportunidades de golo junto à baliza de Caio Secco, até ao suspiro de alívio garantido por William (78m) e o conforto proporcionado pelo 2-0 de Montero (90m).

Mas seria tremendamente injusto terminar esta crónica sem destacar também a importância de Rui Patrício – defesa a cabeceamento de João Silva (31m) e a desviar um remate de Edson Farias para o poste (72m) -, a compensar, de certa forma, a ineficácia dos colegas.